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Marido de ministra do Turismo: 'Trocar evangélica por bolsonarista é erro'

O prefeito Waguinho com a ministra Daniela Carneiro em evento em Belford Roxo - Reprodução/ Facebook
O prefeito Waguinho com a ministra Daniela Carneiro em evento em Belford Roxo Imagem: Reprodução/ Facebook

Do UOL, em Brasília

10/06/2023 10h41Atualizada em 21/06/2023 11h31

Após a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, perder o apoio da bancada do União Brasil em meio à crise política do governo na Câmara dos Deputados, o seu marido e prefeito de Belford Roxo, Waguinho, afirmou que se houver uma reforma ministerial, o casal poderá mudar de aliado a opositor do presidente Lula. A declaração foi dada ao jornal O Globo.

O que aconteceu

Uma reforma ministerial é cogitada pelo Palácio do Planalto para tentar conter a insatisfação de deputados do centrão — o nome de Daniela foi um dos cotados pelos parlamentares. Ela seria substituída pelo deputado Celso Sabino (União-PA), aliado de Arthur Lira na Câmara.

Para Waguinho, a troca de ministros não resolveria o problema, porque Daniela "tem feito um trabalho exemplar, mesmo sem orçamento e cargos". Ele cobrou o governo de colocar dinheiro na pasta para que os deputados possam ser atendidos.

Em conversa com o casal, Lula teria pedido "calma" e reforçou que os dois não seriam abandonados, segundo o prefeito.

Waguinho disse ainda que está acontecendo é uma perseguição do Luciano Bivar, presidente do União Brasil, e do Antônio Rueda, vice-presidente. "Estão dando um cheque sem fundo para o governo, porque não vão entregar voto nenhum", completou.

Questionado sobre se tornar oposição, Waguinho reforçou que não tomará nenhuma decisão antes de ouvir Lula e que só definirá se continuará como aliado quando souber as contrapartidas que serão oferecidas pelo Executivo.

Para o prefeito, os ministros da articulação política do governo fazem o raciocínio errado, porque não querem se indispor com outros aliados de Lula, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que indicou o ministro da Integração Social, Waldez Goes, ao cargo.

A principal crítica dos deputados do centrão é a lentidão nas indicações e nomeações de aliados em cargos estaduais e o pagamento de emendas.

"Seria um erro muito grande tirar a mulher mais votada do Rio, evangélica, para botar um deputado bolsonarista, o Celso Sabino, que foi contra o Lula. Fomos os únicos a fazer campanha de verdade no Rio. Seria uma desonestidade muito grande".
Waguinho, prefeito de Belford Roxo