STF perde e Bolsonaro ganha com fala populista de Barroso, diz Maierovitch
O colunista do UOL Wálter Maierovitch criticou durante sua participação no UOL News desta quinta-feira (13) as falas do ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. Durante congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), Barroso afirmou que "nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo".
Para Maierovitch, o STF perde com esse tipo de declaração, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sai ganhando.
Quem perdeu, falando dessa manifestação do Barroso? Evidentemente, foi o Supremo Tribunal Federal. Juízes não devem falar fora dos altos, juiz tem que ter uma conduta retraída. Quem perde é o Supremo, que está se transformando em um tribunal de políticos e politicagem.
"Quem ganha? Quem ganha é o ex-presidente Bolsonaro porque, pelo o que disse o ministro Barroso, vejam, está aí um caso estampado de suspeição. O Barroso não pode mais atuar em casos de Bolsonaro. A lei diz que o amigo tem que se afastar, mas o inimigo capital também. Nessa de quem ganha e quem perde, o Bolsonaro ganhou", completou Maierovitch.
Chico Alves: Mania dos ministros comentarem sobre tudo só desgasta o STF
O colunista do UOL Chico Alves também comentou a respeito da fala do ministro Barroso. Para o colunista, o fato de os ministros estarem comentando sobre diversos assuntos tem desgastado o STF.
Essa mania dos ministros do STF de ficarem falando sobre tudo, tinha uma época que qualquer assunto na imprensa as pessoas procuravam Caetano Veloso para opinar, de música, cinema e qualquer novidade de comportamento. Até que o Caetano começou a falar que não ia falar mais, que o negócio dele era música.
"Acho que os ministros do STF poderiam seguir esse exemplo do Caetano. Alguma entrevista sobre jurisprudência, generalidades do país tudo bem. Mas esse varejo da política brasileira só desgasta o Supremo e só dá margem para manipulação das falas", afirmou.
Abílio Brunini é um deputado bem trapalhão, que rebaixa o Congresso à 5ª série, diz Chico Alves
O colunista Chico Alves também falou a respeito do deputado federal Abílio Brunini (PL-MT), que vem sendo criticado por suas participações durante a CPI que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. Nesta semana, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), acusou Brunini de homofobia e o criticou por uma fala transfóbica.
Chico Alves comparou as atuações do deputado com a de um personagem do seriado cômico "Os Três Patetas".
Tinha o Curly Howard, um dos três patetas que na década de 40 e 50 fizeram muito sucesso. Na televisão brasileira ficou até a década de 70. Curly Howard é a cara do Abilio Brunini, mas ele tinha graça.
Chico Alves ainda criticou a postura de Abílio Brunini, afirmando que ele tenta fazer graça em momentos e no local inadequado.
O Abílio Brunini tenta fazer graça em um lugar completamente inadequado, que é a Câmara dos Deputados. Ele acha que é uma postura inteligente ficar tentando constranger seus colegas. Ele para ao lado de quem está falando, geralmente deputados de esquerda, deputadas, fica fazendo vídeos bem próximo, tirando fotos, tentando desconcertar, constranger com risinhos.
"Ele fica passeando como aquele aluno da 5ª série que ficava passeando pela sala de aula enquanto a professora tentava dar matéria. O aluno fica só fazendo bagunça, desconcentrando colegas. Ele acha que isso é o papel do parlamentar. Você eleitor do Mato Grosso talvez não saiba, mas você elegeu um candidato a comediante", afirmou.
Currículo de Sabino não tem nada a ver com turismo, diz Chico Alves
O colunista Chico Alves criticou a decisão do presidente Lula (PT) em substituir a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), pelo deputado federal Celso Sabino (União-PA). O colunista afirmou que Sabino não tem nenhuma experiência com o assunto da pasta.
Pelo currículo dele, nada a ver com turismo, nem passa perto. Claro que não é necessário que a pessoa seja realmente do setor de turismo desde que esse ministro se debruce sobre o setor com real vontade de demonstrar sua presença, de mostrar que a indústria do turismo pode se desenvolver.
"Não só de alocar aliados, pessoas próximas, pegar carguinhos aqui e ali para distribui para seus parceiros. E me aprece que é esse o caso", completou.
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