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Ministro do Turismo nega ser bolsonarista e diz que não votou no 2º turno

Celso Sabino (União-PA) Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL, em Salvador

20/07/2023 12h02Atualizada em 20/07/2023 12h07

O novo ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), negou, em entrevista ao site Metrópoles, publicada ontem, que seja apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado licenciado também revelou que não votou em nenhum candidato no 2º turno da eleição presidencial de 2022.

O que ele disse

Sabino ressaltou sua "amizade pessoal" com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR), para rebater a afirmação de que é bolsonarista. "Acho que conversei com todos os deputados da ampla maioria, e eles são muito meus amigos, inclusive estavam ansiosos para que minha nomeação saísse. Atribuo esse comentário, de repente, a alguém que não tinha interesse que, porventura, a gente viesse pra cá".

O ministro justificou as fotos em que aparece ao lado de Bolsonaro. "O [então] presidente Bolsonaro foi uma vez a Belém para inaugurar um aparelho turístico. [...] Em dado momento da viagem, as pessoas se levantaram pra tirar foto com o [então] presidente. Eu também fui, tirei uma foto com ele".

Sabino disse que não sentou ao lado do ex-presidente durante a viagem e que é amigo próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e votava matérias "importantes para o Brasil", que também eram pautas do governo.

"Algumas vezes nós criticamos, alteramos o texto e, no final, votamos a favor, e também outras que eram interesse do governo na época, e eu votei contra", afirmou.

Celso Sabino se esquivou de responder se gostaria de tirar a presidência da Embratur das mãos do deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) em meio ao interesse do centrão. "Gostaria que o presidente [Lula] tome a melhor decisão possível para o Turismo no Brasil".

Troca no ministério

Celso Sabino assumiu a função na semana passada após a saída de Daniela Carneiro do cargo. Ela deixou a pasta depois de se desfiliar do União Brasil.

Apesar de ministro de Lula, Sabino condenou a indicação do petista como chefe da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff em 2016. Ele afirmou que a nomeação era uma estratégia do PT para garantir foro privilegiado a Lula, que já era investigado pela Operação Lava Jato. Sabino apagou a postagem.

Segundo o Estadão, a Embratur é um dos órgãos que sofre pressão para que o comando também passe para o União Brasil, que deseja um ministério "completo".

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