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Bolsonaro brinca ao ganhar joia em GO: 'deu maior problema da última vez'

Bolsonaro ganhou a semi-joia da dona de uma joalheria em Goiânia Imagem: Reprodução/Instagram/Milene Teles

Do UOL, em São Paulo

18/08/2023 18h04Atualizada em 18/08/2023 18h33

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou uma semijoia de presente em uma joalheria no Setor Sul, em Goiânia, e brincou que "deu maior problema da última vez". A informação é do jornal O Popular.

O que aconteceu:

A dona da loja e designer de joias disse ao jornal que o pingente dado a Bolsonaro é uma semijoia. O fotógrafo do jornal Fábio Lima registrou o rosto do político sorrindo ao receber o presente. Não foi possível ver os detalhes do item.

No Instagram, a dona da joalheria comemorou a presença do político no estabelecimento. "Meninas, que emoção que eu estou. Acabei de receber Jair Bolsonaro na minha loja. E eu tive a satisfação de mostrar para ele a coleção de semijoias feitas por mim", disse. A mulher ainda publicou uma imagem dando o presente ao político.

Ao ser questionado sobre a quebra de sigilo no local, Bolsonaro se limitou a dizer que "os sigilos já estavam quebrados". Ele compareceu a Goiânia para concluir um tratamento odontológico, além de se consultar com um nutrólogo.

Bolsonaro também está no estado para receber o título de cidadão goiano nesta sexta-feira. A homenagem em sessão solene, organizada pela Assembleia Legislativa de Goiás, será reservada apenas a autoridades. O Estado governado por Ronaldo Caiado é um reduto bolsonarista.

As suspeitas da PF

O presidente brincou após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ter autorizado ontem, a pedido da PF (Polícia Federal), a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente e da esposa dele, Michelle.

O objetivo da apuração é saber se o dinheiro da venda de joias da Presidência chegou até o ex-presidente. A quebra de sigilo foi solicitada após a operação de sexta passada (11), que mirou um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais — como os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita.

A PF aponta que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo. Outros indícios da participação do ex-presidente se deve ao fato de as joias serem levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

Uma das joias seria um conjunto composto por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário islâmico) rosa gold.

O advogado Frederick Wassef, trabalha na defesa de Bolsonaro, disse que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex dado por autoridades sauditas com a intenção de repassar o item para o governo federal.

Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Trecho da manifestação da PF ao STF

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