Esse conteúdo é antigo

Wassef diz que comprou Rolex com próprio dinheiro 'para devolvê-lo à União'

O advogado Frederick Wassef, trabalha na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse hoje que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex dado por autoridades sauditas com a intenção de repassar o item para o governo federal.

O que aconteceu:

"Comprei o relógio, a decisão foi minha, usei meus recursos, eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos", falou o advogado para jornalistas. Ele também afirmou ter "conta aberta nos Estados Unidos", em um banco de Miami.

"O meu objetivo quando comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, Presidência da República, e isso inclusive por decisão do Tribunal de Contas da União", completou.

Wassef negou dar detalhes sobre para quem ele entregou o Rolex: "Não vou falar, não posso falar. Quem solicitou não foi Jair Bolsonaro, e não foi o coronel Cid".

A PF (Polícia Federal) constatou que o relógio, que integrava o kit de joias sauditas recebidas por Bolsonaro em uma viagem oficial em 2019, foi vendido nos Estados Unidos e recomprado por um preço mais alto após o TCU (Tribunal de Contas da União) ordenar a devolução dos presentes que o ex-presidente ganhou.

Operação mirou Wassef e pai de Cid

Na sexta-feira (11), uma operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais do general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid e de Wassef. O esforço investiga desvios de joias e outros itens por Mauro Cid, filho do general da reserva e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Segundo a PF, Wassef entrou no esquema de recompra de bens, como relógios, para devolvê-los, após a determinação do TCU sobre as joias dadas a Bolsonaro. Já o pai de Cid teria auxiliado na venda desses itens e emprestado sua conta bancária no exterior para recebimento dos valores dessas transações.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro "para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", conforme a PF.

Continua após a publicidade

300 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Rogerio Carlos da Silva

Esse advogado vai precisar de um advogado. 

Denunciar

Ranilson Bezerra Diniz

Primeiro negou ter recomprado. Só confessou quando viu a foto do batom na chapelota. Abusando de nossa inteligência, afirmou que comprou com recursos próprios, simplesmente para ser devolvido ao patrimônio do Brasil. Haja cinismo!

Denunciar

Paulo Sergio Franca

Inacreditável a quantidade de pessoas dispostas a colocar o próprio corpo na lama para Bolsonaro passar.

Denunciar