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Malafaia sai em defesa de Bolsonaro e ataca Moraes: 'Sua casa vai cair'

Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, divulgou um vídeo em sua conta no Instagram defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, pivôs do escândalo da venda de joias.

O que aconteceu

Em novo ataque contra Alexandre de Moraes, o pastor alega que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) promove uma campanha de perseguição contra Jair Bolsonaro, cujo objetivo é prendê-lo a qualquer custo. "Sua casa vai cair", disse.

Malafaia disse ainda que não é normal "militares presos a mais de 100 dias" pelos casos dos cartões de vacinação fraudados e o desvio das joias presenteadas ao Brasil.

O pastor também saiu em defesa dos manifestantes presos durante a invasão ao prédio dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Segundo ele, "mais de 100 brasileiros que estão há meses presos sem nenhuma prova que participaram das badernas. Ele [Moraes] tem lado".

Malafaia encerra o vídeo chamando os senadores de frouxos a acusa a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de "esquerdopatas".

Entenda o caso

A PF deflagrou operação em 11 de agosto para aprofundar a investigação de um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente a Bolsonaro em missões oficiais.

Foram alvos de busca e apreensão o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef, o assessor Osmar Crivelatti e o próprio Mauro Cid.

Trecho da investigação da PF citado na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes diz que "os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores".

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Calado na CPI e movimentações suspeitas

Mauro Cid foi convocado a depor na CPMI de 8 de Janeiro. O tenente-coronel foi ao Congresso no dia 11 de julho e se recusou a responder, negou dizer até a própria idade. A comissão, então, enviou uma representação ao STF acusando Cid de "abusar do direito ao silêncio" durante depoimento, que pode dar, no máximo, 4 anos de prisão.

O Ministério Público elencou todas as perguntas feitas a Cid, nenhuma das 76 respondida. A ministra Cármen Lúcia permitiu que o tenente-coronel ficasse em silêncio, mas ele deveria responder a perguntas que não o incriminassem.

Cid possui movimentações bancárias tido como atípicas. Com dados de relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), foi possível somar que as transações entre o tenente-coronel e o sargento Luís Marcos dos Reis, preso também pela suspeita de forjar cartões de vacina, foram de R$ 7 milhões entre 1º de fevereiro de 2022 e 8 de maio de 2023. Reis, segundo o Estadão, acionou um sobrinho que é médico para preencher e carimbar os certificados de vacinação.

Ao todo, foram 17 transações identificadas oficialmente entre os dois titulares de contas. Apenas o próprio sargento figurou como destinatário em mais transações que Cid, segundo lugar da lista.

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