Conteúdo publicado há 10 meses

Cúpula da PM-DF presa: 'Provas são robustas e permitem condenação', diz PGR

O subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, autor da denúncia da PGR que resultou na prisão da alta cúpula da PM do DF pelos ataques de 8 de janeiro, disse hoje que as provas contra os agentes são "robustas" e "já permitem condenação".

O que aconteceu

Santos disse que os oficiais contribuíram "para o que a turba antidemocrática queria". "A PM simplesmente colocou em campo policiais de trânsito, outros policiais que acabavam de ter feito treinamento. Pessoas inexperientes. Esses fatos estão bem claros", afirmou o subprocurador em entrevista à GloboNews.

O subprocurador também disse que a corporação não seguiu o plano de segurança previsto para o dia que a Praça dos Três Poderes foi destruída. "Pessoas como essas têm que estar presas. Podem comprometer a investigação criminal, ameaçar testemunhas", acrescentou Santos.

A operação da PF deflagrada hoje prendeu o atual comandante-geral da PM, coronel Klepter Rosa Gonçalves (que era subcomandante da corporação no 8 de janeiro), e o ex-comandante Fábio Augusto Vieira, que chefiava a Polícia Militar do DF na ocasião.

Também foram detidos nesta sexta-feira o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra (estava no Departamento de Operações da PM na época do 8 de janeiro), o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e o tenente Rafael Pereira Martins. Outros dois alvos de prisão já estavam detidos: o coronel Jorge Naime e o tenente Flávio Silvestre Alencar.

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eles são acusados de crimes contra o estado democrático, dano qualificado e também acusados da violação dos deveres funcionais estabelecidos na Constituição e nas normas da PM do DF.

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