Moraes recebe advogado de Mauro Cid em audiência de 10 minutos no STF
Do UOL, em Brasília e São Paulo
24/08/2023 18h01Atualizada em 24/08/2023 18h07
Cezar Bitencourt, advogado do tenente-coronel Mauro Cid, se encontrou hoje com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O que aconteceu:
A reunião ocorreu hoje à tarde e durou cerca de 10 minutos, o que é padrão para as conversas com Moraes. O encontro foi no próprio STF.
Após o encontro, o advogado não falou com os jornalistas que aguardavam no Supremo. O UOL tenta contato com ele.
Na semana passada, Bitencourt disse que se encontraria com Moraes na segunda-feira (21), mas o encontro ficou para hoje. De manhã, o tenente-coronel foi à CPI dos atos golpistas na Câmara do Distrito Federal e respondeu apenas a uma pergunta: quantos anos ele tem.
A defesa tenta atenuar a pena do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) —Moraes é responsável pelo inquérito sobre a ilegal de joias presenteadas a Bolsonaro por países árabes.
Bitencourt deu declarações divergentes sobre os próximos passos no caso das joias. À revista Veja o advogado já disse que Cid confessaria ter vendido ilegalmente as joias. No dia seguinte, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que não tinha falado nada sobre o assunto. Ontem, à CNN, disse que Cid vai admitir ter vendido apenas o relógio.
Cid está preso em Brasília desde maio deste ano. Ele foi detido em uma operação que apura fraude em cartões de vacinação contra a covid-19.
As suspeitas da PF
No dia 11, a Polícia Federal deflagrou operação que investiga o desvio de joias presenteadas à União. Segundo a instituição, ajudantes de Bolsonaro revendiam joias e bens recebidos pela Presidência da República. O dinheiro vivo era repassado para Bolsonaro, ou seja, um presente para a União viraria lucro pessoal.
Os alvos de busca e apreensão foram o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef, o assessor Osmar Crivelatti e o próprio Mauro Cid.
O esquema, segundo a PF, tinha "o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", "por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal".