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8/1: Exército diz que monitora apurações após relatório que acusa generais

Senadora Eliziane Gama lê relatório final da CPI do 8 de Janeiro Imagem: 17.out.2023-Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

17/10/2023 17h45Atualizada em 17/10/2023 20h11

Relatório da CPI do 8 de Janeiro pediu o indiciamento de mais de 60 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e oito generais. O documento vai à votação amanhã. O Exército comentou o documento, ressaltando ser uma instituição apartidária e que "pauta suas ações pela legalidade e pelo respeito às demais instituições da República".

Veja o que disseram as defesas dos acusados pela relatora da CPI

O Centro de Comunicação Social do Exército informou ainda que o Exército "não se manifesta no transcurso de processos investigatórios". "Cabe ressaltar que o Exército Brasileiro seguirá acompanhando e contribuindo com as investigações conduzidas pelos diferentes órgãos."

Entre os militares, a defesa de Torres comentou. Entendeu que o relatório não "apresentou provas concretas da participação do ex-ministro, seja por ação ou omissão, nos atos de barbárie cometidos no dia 8 de janeiro". O advogado Eumar Novacki disse ainda que "o relatório contém inconsistências em relação ao ex-ministro, as quais serão devidamente esclarecidas".

os advogados do ex-comandante da PM do DF Fábio Augusto Vieira disseram que o relatório "confirmou a deficiência argumentativa contida no relatório, que aposta em ficções não condizentes com a realidade".

"A deficiência quanto à análise racional dos fatos produz resultados jurídicos catastróficos, servindo, apenas, a um deslinde teleguiado que não realiza o Estado Democrático e serve para pulverizar discursos que albergam, exclusivamente, interesses políticos. É preciso levar o raciocínio probatório e o processo a sério."

A deputada federal Carla Zambelli afirmou que "as imputações propostas são absolutamente desprovidas de qualquer embasamento fático e jurídico, constituindo-se em verdadeiro documento inquisitorial, permeado da repugnante parcialidade de quem o elaborou e o subscreveu".

O que disse a defesa de Bolsonaro?

A defesa classificou como "lamentável" e "parcial" o relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, que pediu o indiciamento do ex-presidente por quatro crimes relacionados aos atos golpistas.

Os advogados afirmam que a proposta de indiciamento é "tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico". Eles também dizem que Bolsonaro "jamais concorreu ou minimamente participou" dos atos que depredaram os Três Poderes.

A defesa acusa a relatora, a senadora Eliziane Game (PSD-MA), de "parcialidade" e de não considerar "grave omissão dos responsáveis pela garantia dos prédios públicos" no curso da investigação.

Há também destaque para o fato de Bolsonaro não ter sido convocado para depor. A defesa afirma que o ex-presidente "o teria feito sem qualquer receio". Governistas quiseram convocar Bolsonaro e pedir quebras de sigilos dele, porém os opositores sempre foram contra.

A nota ainda aponta "crescente hostilidade com as Forças Armadas" em razão dos pedidos de indiciamento também incluírem 31 militares e generais que integraram o governo Bolsonaro.

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