Empresário ligado a marido de ex-ministra de Lula é morto a tiros no RJ
Um empresário ligado ao prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos), marido da ex-ministra do Turismo Daniela do Waguinho, foi morto a tiros no sábado (28). Clayton Damaceno estava em Queimados (RJ), na Baixada Fluminense.
O que aconteceu?
Empresário era pré-candidato. Clayton Damasceno, que havia completado 45 anos na sexta-feira (27), é empresário e pré-candidato a vereador nas eleições municipais de Belford Roxo em 2024.
O crime aconteceu em Queimados, também na Baixada Fluminense. Além de Clayton, uma apoiadora também foi morta. De acordo com a PM, os policiais descobriram no local que as vítimas já tinham sido socorridas. Clayton morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, e a apoiadora na de Austin, em Nova Iguaçu. cidade vizinha.
Damasceno era ligado ao policial militar Fábio Sperendio, sobre quem divulgou notícia em que é retratado como "novo rosto da política de Queimados". Sperendio é pré-candidato a prefeito de Queimados.
Empresário é ligado a Waguinho, que pediu proteção
Damaceno era amigo do prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro (Republicanos). Em uma rede social, ele lamentou a morte do amigo. "Perdi não apenas um grande amigo, mas também um líder político exemplar", escreveu o prefeito neste domingo (29).
Waguinho, que é marido da ex-ministra do Turismo e deputada Daniela Caneiro (Republicanos-RJ), pediu proteção policial ao governo federal por temer ataques vinculados às eleições do ano que vem, segundo a coluna de Guilherme Amado no site Metrópoles.
O Ministério da Justiça não detalhou se recebeu ou não pedidos. Mas afirmou à reportagem que "os programas federais de proteção dependem de deliberação do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania." O UOL procurou Waguinho e Daniela Carneiro, que não responderam ao contato.
Baixada teve 7 atentados em 11 meses
A situação de violência política na Baixada Fluminense é grave. Houve sete atentados entre julho de 2022 e junho de 2023, de acordo com Observatório das Favelas.
A quantidade de ocorrências aumentou. Em 11 meses, houve a mesma quantidade de atentados registrados em 18 meses, entre janeiro de 2021 e junho de 2022
Quatro das sete vítimas estavam em áreas controladas por milícias. Pesquisadores do Observatório Fluminense preveem um cenário preocupante para as eleições municipais de 2024 na região.