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Única a votar contra privatização é de Franca, caso de sucesso da Sabesp

Delegada Graciela é aliada de Tarcísio, mas votou contra uma das principais pautas do governador de SP Imagem: Reprodução/Instagram/@delegadagraciela

Do UOL, em São Paulo

07/12/2023 04h00Atualizada em 07/12/2023 13h15

Única a votar contra a privatização da Sabesp, a deputada estadual Delegada Graciela (PL) é de Franca, cidade do interior de São Paulo atendida pela empresa e com alguns dos melhores indicadores de saneamento do país.

O que aconteceu

Deputada disse que Sabesp tem "muito pouco a avançar em Franca". Em nota, Graciela lembrou que a cidade tem praticamente 100% de oferta de água e serviço de esgoto. Segundo o jornal Estado de S.Paulo, ela está entre os possíveis candidatos à prefeitura da cidade nas eleições do ano que vem.

Votei contra a privatização da Sabesp, pois tenho um compromisso muito forte com Franca, minha cidade. Franca é referência mundial em saneamento básico. (...) O não que proferi na votação é uma forma de me alinhar ao que pensa a maior parte da população de Franca.
Delegada Graciela, em nota

Cidade liderou ranking de saneamento básico entre 2014 e 2019. Na lista organizada pelo Instituto Trata Brasil, Franca foi o município com o nono melhor resultado em 2023. Os indicadores são de mais de 98% da população com acesso a abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

Deputada é aliada do governador de São Paulo. Nas redes sociais, ela já publicou algumas fotos ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Sou base do governo e continuarei a ajudá-lo", disse me nota.

Delegada foi vereadora em Franca por três mandatos seguidos. Após a passagem pela Câmara Municipal da cidade entre 2001 e 2012, tentou a prefeitura de Franca em 2012, mas perdeu a disputa em segundo turno para Alexandre Ferreira (PSDB). Está na Alesp desde 2018.

Como foi a votação

Ao todo, 62 dos 94 parlamentares da Alesp foram favoráveis à privatização. Apenas a Delegada Graciela foi contrária ao projeto.

A oposição não votou, por entender que não havia condições para isso no prédio. Durante a sessão, a polícia usou gás de pimenta contra um grupo de manifestantes no plenário.

Houve confusão entre manifestantes e Polícia Militar. A sessão ficou interrompida por cerca de uma hora e meia e voltou sem a presença de público e sem os deputados de oposição, que não participaram da votação. O presidente da Alesp, André do Prado (PL), também não votou — como de praxe.

Três pessoas foram presas, segundo a SSP-SP. O deputado governista Gil Diniz (PL) disse que dois PMs ficaram feridos na confusão. Um deles, identificado como sargento Montalvão, teve um dedo fraturado e ferimentos na cabeça, de acordo com o parlamentar.

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