Governo precisa compensar saída de Dino contra o bolsonarismo, diz Pimenta
Do UOL, em Brasília
17/12/2023 10h08
O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social), afirmou que o governo terá de se desdobrar para achar um substituto ao ministro Flávio Dino, que foi para o STF, no combate ao bolsonarismo.
O que Pimenta disse
Ministro da Justiça, Dino assumiu meio que espontaneamente o papel de responder às provocações de bolsonaristas com energia e ironia. Em entre vista ao jornal O Globo, Pimenta disse que Dino é "um porta-voz importante do governo" e que os outros ministros terão de se movimentar para compensar.
Quando um time perde um jogador com a qualidade do Flávio Dino, cada um dos outros jogadores vai ter que jogar um pouquinho mais para poder compensar. [...] Essa ausência terá que ser respondida com um pouco mais de desempenho, de entrega, de cada um de nós.
Paulo Pimenta, em entrevista
Dino está com posse marcada no STF para o final de fevereiro, mas não se sabe até quando fica na Justiça. Ele já começou a fazer o papel de transição no ministério, mas o presidente Lula (PT) ainda não escolheu um nome para sucedê-lo.
Impulsionar redes sociais
Pimenta contou ainda que o governo deverá dar uma impulsionada nas redes sociais no ano que vem. Uma das reclamações mais frequentes de Lula é que os feitos do governo não chegam à população, e tem cobrado maior exposição.
O plano é contratar uma empresa específico para fazer esse impulsionamento "com conteúdo institucional, de serviço". "Qualquer empresa, governo estadual ou prefeitura tem", argumentou.Segundo ele, um edital já será lançado na semana que vem.
Hoje, por exemplo, se eu quero uma comunicação específica sobre vacinação, eu não tenho como fazer um impulsionamento por banco de dados que mostre quais são as crianças que estão atrasadas na vacinação. Se quiser escolher uma campanha sobre a dengue, vou me comunicar com as cidades que têm incidência maior do mosquito.
Paulo Pimenta, em entrevista
"Hoje, nós não fazemos impulsionamento institucional, não temos uma política nesse sentido", completou Pimenta. "A ideia é uma utilização racional e objetiva."