Ex-governador do DF, José Roberto Arruda é condenado por corrupção
O ex-governador do DF, José Roberto Arruda, foi condenado por improbidade administrativa realizada em seu governo pela Justiça do DF. Ele deverá devolver R$ 88 mil e ainda pagar uma multa do mesmo valor. Além disso, seus direitos políticos ficarão suspensos por 12 anos. Outros quatro réus, incluindo a empresa Adler, também foram condenados, mas ainda cabe recurso. UOL tentou contato com a defesa dos condenados, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
O que aconteceu
Arruda liderava organização criminosa, segundo o MPDFT. A Justiça do DF condenou o ex-governador José Roberto Arruda, a empresa Adler Assessoramento Empresarial, seu representante Antônio Ricardo Sechis e os ex-secretários Durval Barbosa e Geraldo Maciel por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e associação criminosa.
Condenados vão devolver quantias a cofres públicos e pagar multas. Cada réu vai devolver R$ 88 mil e pagar multa de igual valor, totalizando R$ 176 mil para cada um dos condenados.
Valor é o único "que ficou comprovado". O valor, segundo o juiz Daniel Carnacchioni, é o único "que ficou comprovado" como pagamento de propina. Em 2015, a PGR indicou que o valor desviado poderia chegar a R$ 110 milhões.
Arruda teve direitos políticos suspensos por 12 anos. Os outros réus receberam suspensão de dez anos.
Empresa recebeu R$ 66 milhões em contratos. A Adler Assessoramento Empresarial recebeu R$ 66.361.579,86 por supostos serviços prestados ao governo do DF, entre 2006 e 2009.
O ex-vice-governador Paulo Octavio e o executivo Marcelo Carvalho foram inocentados.
Relembre o "Mensalão do DEM"
Ex-secretário delatou grupo. Durval Barbosa contou ao MP que o grupo fraudava contratações públicas, de maneira que as empresas envolvidas recebessem elevadas quantias de recursos públicos, posteriormente divididos entre os membros da organização.
O caso ficou conhecido como "Mensalão do DEM", embora envolvesse também políticos do PSDB, PSC, PMDB e outros. O UOL entrou em contato com a defesa de todos os condenados, mas não recebeu retorno. Este espaço segue aberto para manifestação.
Barbosa entregou provas de corrupção. O réu entregou, como prova, vídeos nos quais políticos, servidores públicos e empresários aparecem recebendo ou entregando dinheiro ilícito, acumulado junto a prestadores de serviços ao GDF.