OPINIÃO
Sakamoto: Falta punição ao principal beneficiário do 8/1: Jair Bolsonaro
Colaboração para o UOL, em São Paulo
08/01/2024 12h35
Um ano após os atos golpistas, ainda falta punir o ex-presidente Jair Bolsonaro por seu envolvimento no 8/1, disse o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta segunda (8).
Ao longo de 2023, houve uma série de processos, investigações e essa foi uma das principais pautas do ano, mas terminamos apenas com peixes pequenos e bagres sendo elencados e punidos. Faltam financiadores, incitadores, fomentadores e os que mentalizaram. Falta, claro, o principal beneficiário de tudo isso: Jair Messias Bolsonaro.
Por enquanto, quem foi punido foram peixes pequenos. Se por um lado é preciso ter instituições fortes para não haver um golpe de estado, por outro é necessário punir para evitar que isso volte a acontecer. O Código Penal não é para torturar pessoas, mas para servir de exemplo para que uma punição ocorra a fim de demover e dissuadir outras pessoas. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Barroso: Se Bolsonaro acha que presos do 8/1 são de esquerda, é direito dele
O presidente do STF Luís Roberto Barroso ironizou Jair Bolsonaro e disse que o ex-presidente está no direito dele ao pensar que os presos pelos atos golpistas de 8/1 são ligados à esquerda. O ministro disse não dúvidas de que houve uma grande mobilização por um golpe de estado.
O país é livre. O ex-presidente tem direito de emitir a opinião que quiser. Se ele acha que são militantes de esquerda que estão presos, é um direito que tem. (...)
É evidente que houve mobilização para o golpe. Aqueles acampamentos nas portas dos quartéis não estavam pedindo a posse do presidente eleito. Estavam pedindo intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito. Isso se chama golpe. Luís Roberto Barroso, presidente do STF
Barroso: Brasil deixou de ser Brasil; precisamos restabelecer a civilidade
Barroso afirmou também que, um ano após os golpistas, o Brasil precisa retomar a civilidade e a convivência sem ódio entre adversários políticos.
O Brasil deixou de ser Brasil. Não é traço característico do brasileiro esse ódio e agressividade. As famílias precisam se reconciliar e os amigos voltar a tomar um chope sem se ofenderem e sem se agredirem. Pensar de maneira diferente não significa odiar o outro. Precisamos retomar a civilidade no Brasil. Luís Roberto Barroso, presidente do STF
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