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Além de Bolsonaro, quem são os 13 investigados que silenciaram à PF

22.02.2024 - O ex-presidente Jair Bolsonaro gesticula em frente à sua casa antes de prestar depoimento à PF Imagem: REUTERS/Adriano Machado

Do UOL, em São Paulo

15/03/2024 13h25Atualizada em 15/03/2024 13h54

Jair Bolsonaro (PL) e outros 13 investigados ficaram em silêncio durante depoimento à Polícia Federal pela suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no cargo.

O que aconteceu

Bolsonaro entregou uma petição de seus advogados para ficar em silêncio. No documento, a defesa diz que opta pelo uso do silêncio "em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova". Como o UOL mostrou, o ex-presidente se dispôs a responder uma única pergunta, se é cis (cisgênero).

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A falta de acesso aos autos foi citada pela maioria dos investigados como justificativa para ficar em silêncio. De acordo com o documento da PF, o ex-comandante Helio Ferreira Lima queria ter direito "parcial ao silêncio", ou seja, escolher as perguntas que iria responder. Como a opção foi negada, ele também seguiu a decisão dos outros investigados.

O ministro do STF Alexandre de Moraes retirou hoje o sigilo do depoimento de 27 pessoas investigadas. A maior parte dos investigados foi chamada para depor em fevereiro.

O ex-presidente e 21 dos investigados tiveram o depoimento marcado para o mesmo dia e horário. O objetivo da PF era impedir a combinação de versões.

Cientificado que, caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado, respondeu QUE se reserva ao direito constitucional de se manter em silêncio.
Trecho do depoimento de um dos investigados

Veja quem ficou em silêncio

  1. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  2. Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;
  3. Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha;
  4. Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
  5. Ailton Gonçalves Moraes Barros, major reformado do Exército;
  6. Amauri Feres Saad; advogado;
  7. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
  8. Helio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus do Comando Militar da Amazônia;
  9. José Eduardo de Oliveira e Silva, padre na paróquia São Domingos, em Osasco (SP);
  10. Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e coronel do Exército;
  11. Mario Fernandes, ex-comandante da Secretaria-Geral da Presidência;
  12. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro de Defesa;
  13. Rafael Martins de Oliveira, major do Exército;
  14. Ronaldo Ferreira de Araújo Jr., oficial do Exército.

Em setembro do ano passado, o UOL já havia revelado que Mauro Cid havia narrado à PF, no âmbito de seu acordo de colaboração, que Bolsonaro consultou os comandantes das Forças Armadas sobre um plano de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022. Naquele conjunto de depoimentos, Cid afirmou que os comandantes da Aeronáutica e do Exército se opuseram à trama.

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