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Defesa de Bolsonaro diz que 'não haveria motivo' para fraudar vacinas

30.jun.2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fala à imprensa no Aeroporto Internacional de Brasília Imagem: Sergio Lima/AFP

Do UOL, em São Paulo

19/03/2024 19h56Atualizada em 19/03/2024 20h04

Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) rebateram o indiciamento do ex-presidente pela PF (Polícia Federal) por suposta falsificação do certificado de vacinação contra a covid-19.

O que aconteceu

A defesa diz que "não haveria motivo" para Bolsonaro fraudar os cartões de vacina, segundo nota da defesa divulgada à imprensa.

Os advogados argumentam que, como Bolsonaro era presidente da República, não era necessária a apresentação de certificado de vacinação. O comunicado também diz que a filha do ex-presidente tinha 12 anos, portanto, "estaria dispensada de atestado vacinal, visto que nenhum país do mundo impunha a exigência vacinal a crianças".

O comunicado define a decisão da PF de indiciar o ex-presidente como "precipitada".

A defesa voltou a levantar a possibilidade da fraude ter sido cometido por "iniciativa própria". No entanto, os advogados não citaram nominalmente o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Mais cedo, Fábio Wajngarten, assessor e um dos advogados de Bolsonaro, já havia criticado o indiciamento. "É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial", declarou no X.

Indiciamento

Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciados pela PF por falsificação de certificados vacinais.

PF aponta que houve crime pelo uso indevido de uma documentação falsa. O indiciamento de Bolsonaro e significa que o Ministério Público terá que tomar decisão se apresenta denúncia contra o trio ou arquiva a investigação. A informação foi publicada pelo blog da Daniela Lima e confirmada pelo UOL.

O caso no STF está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A PF enviou o indiciamento ontem para o Supremo Tribunal Federal. Agora cabe a Moraes encaminhar o caso para o MPF (Ministério Público Federal).

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