Topo

'Fujão e covarde': Políticos comentam ida de Bolsonaro à embaixada húngara

Do UOL, em São Paulo

25/03/2024 15h38Atualizada em 26/03/2024 11h39

Políticos de diferentes partidos usaram as redes sociais para repercutir a informação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou dois dias na Embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal.

O que aconteceu

Deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou Bolsonaro de "fujão". Em uma publicação no X (antigo Twitter), a parlamentar escreveu que o ex-chefe do Executivo é "inelegível, indiciado e, acima de tudo, um covarde".

O parlamentar Lindbergh Farias (PT-RJ) também comentou o caso. Ele declarou que o ex-presidente precisa se preso "imediatamente".

Confira outras reações dos políticos:

Entenda o caso:

Ex-presidente foi para embaixada quatro dias após entregar passaporte. Informação foi noticiada primeiramente pelo jornal norte-americano The New York Times e confirmada ao UOL por Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente.

Bolsonaro chegou ao local na noite de 12 de fevereiro e deixou o prédio dois dias depois. O ex-presidente entregou o passaporte à PF em 8 de fevereiro, como medida cautelar após a operação que investiga uma tentativa de golpe Estado após as eleições.

Ex-presidente foi recebido pelo embaixador húngaro. Imagens de câmeras de segurança da embaixada divulgadas pelo jornal mostram Bolsonaro encontrando o embaixador Miklos Tamás Halmai.

Assista ao vídeo:

Plano de "abrigar Bolsonaro". Segundo o NYT, uma fonte em condição de anonimato afirmou que a equipe da embaixada tinha o plano de abrigar o ex-presidente, dando indícios de "asilo político". Caso um pedido de prisão fosse feito contra Bolsonaro, ele não poderia ser preso dentro da embaixada, que é considerada território inviolável.

Viktor Orban publicou mensagem de apoio a Bolsonaro após apreensão de passaporte. Em 8 de fevereiro, o primeiro-ministro húngaro publicou uma foto com Bolsonaro e escreveu: "Um verdadeiro patriota. Continue lutando, presidente". O político húngaro também já foi chamado de "irmão" pelo ex-presidente.

O que diz Bolsonaro

A defesa do ex-presidente confirmou que Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria "para manter contatos com autoridades do país amigo". "Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações", diz a nota.

O texto ressalta que, "como é do conhecimento público", o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premiê húngaro. "Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news".

A Embaixada da Hungria não comentou o assunto após ser procurada pelo New York Times. O UOL também entrou em contato e, em caso de manifestação, o texto será atualizado.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

'Fujão e covarde': Políticos comentam ida de Bolsonaro à embaixada húngara - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Política