Ex-ministro de Bolsonaro compara Lula 3 a Vargas: 'Fora da sua época'

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, criticou o presidente Lula (PT) ao compará-lo a Getúlio Vargas.

O que aconteceu

O ex-ministro disse que, no terceiro mandato, Lula está "fora de seu tempo". "Eu comparo muito o que está acontecendo no Brasil com o retorno de Getúlio Vargas à Presidência. Ele tinha sido um presidente que implantou diversas reformas no país, mas, quando voltou, voltou fora da sua época. Não conseguia mais se comunicar com a população. Eu não falo da carta testamento, mas do que aconteceu no seu governo", afirmou.

Lula governou o Brasil por dois mandatos, entre 2003 e 2011, e foi eleito em 2022 pela terceira vez. Vargas, por sua vez, foi presidente entre 1930 e 1945, e voltou ao poder em 1951 e ficou até 1954, quando tirou a própria vida.

Ciro Nogueira participa da 14ª edição do Lide Brazil Investment Forum, em Nova York, nos Estados Unidos. O evento conta com a presença de políticos, autoridades e empresários para debater a política e a economia brasileira. O fórum também serve para o país mostrar as oportunidades para investimentos estrangeiros.

Tenho um respeito enorme pelo atual presidente da República. Considero até um amigo, apesar de fazer uma oposição sistemática ao seu governo, até por ter sido um importante ministro do governo Bolsonaro. Nós estamos talvez repetindo um fato histórico do que aconteceu no passado.
Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro

Lula já cobrou melhor comunicação de ministros com o Congresso

O presidente fez a cobrança a Haddad e Alckmin em evento no Planalto em abril. Lula pediu que o ministro da Fazenda deixasse de ler livros para conversar mais com deputados e senadores, e disse que o titular da Indústria e Comércio deveria ser mais "ágil".

O pedido de Lula também foi direcionado a Rui Costa (Casa Civil) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). O presidente falou que o trabalho deles era passar a maior parte do tempo conversando.

Chefe da Secom disse que Lula "brincou" ao fazer cobrança. Paulo Pimenta afirmou que o presidente usou "recurso da retórica". "Qualquer pessoa que estava lá percebeu que se tratava da forma generosa e carinhosa que o presidente Lula normalmente usa com as pessoas que ele quer bem", disse o chefe da Secom. Ele negou que a fala do presidente foi uma "reprimenda, crítica ou bronca".

Deixe seu comentário

Só para assinantes