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Caso Marielle: em depoimento, delegado preso nega vínculo com irmãos Brazão

Delegado Rivaldo Barbosa assumiu cargo como chefe da Polícia Civil um dia antes do assassinato de Marielle Franco Imagem: TV Globo/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

03/06/2024 20h12Atualizada em 04/06/2024 10h46

O delegado Rivaldo Barbosa, preso por suspeita de envolvimento no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, depôs hoje por mais de três horas à Polícia Federal.

O que aconteceu

Ex-chefe da Polícia Civil do Rio negou ter ligação com os irmãos Brazão ou qualquer pessoa vinculada a eles. O delegado reforçou o posicionamento da defesa, disseram os advogados que o representam, Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane.

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Rivaldo disse à PF que os nomes dos Brazão surgiram na investigação um mês após o assassinato, e que ele não atuou para atrapalhar as apurações. O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Brazão foram presos em março deste ano, acusados de serem os mandantes do crime.

Depoimento começou às 14h e terminou às 17h30, disse a defesa de Rivaldo. O STF determinou a oitiva após o delegado enviar um bilhete ao ministro Alexandre de Moraes pedindo "pelo amor de Deus" para ser ouvido.

Quando a audiência foi autorizada, advogados disseram que "não tem a menor chance de ele fazer uma delação". "Uma delação pressupõe a admissão de um crime, e ele nega veementemente qualquer crime: tanto a morte de Marielle quanto outras imputações paralelas, como um esquema de propina na divisão de homicídios [da Polícia Civil do Rio de Janeiro]", disse Dalleprane.

Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob acusação de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Chiquinho e Domingos seriam os "mentores intelectuais" do crime ocorrido em 2018, enquanto Rivaldo teria ajudado no planejamento e recebido propina para atrapalhar as investigações. Os três negam as acusações.

O ex-policial militar Ronnie Lessa foi denunciado como executor da morte de Marielle. Ele disse em delação à PF que a execução da vereadora renderia a ele um loteamento irregular na zona oeste do Rio de Janeiro e um lucro estimado de mais de US$ 20 milhões (R$ 100 milhões, na cotação atual).

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