Caso Marielle: PGR denuncia irmãos Brazão e delegado; PF prende ex-assessor
![Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo foram denunciados pela PGR Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo foram denunciados pela PGR](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/9c/2024/03/24/montagem---delegado-rivaldo-barbosa-e-irmaos-brazao-1711310043331_v2_900x506.jpg)
A Procuradoria-Geral da República denunciou os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, sob acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Presos em março, os três negam participação.
O que aconteceu
Duas pessoas foram alvos de mandado de prisão no caso nesta quinta-feira (2). Ex-assessor de Domingos, Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, foi detido no Rio de Janeiro. Também foi cumprido um mandado contra Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, que já estava preso.
Calixto da Fonseca era assessor de Domingos Brazão em 2018. De acordo com a investigação, ele seria responsável por gerir os negócios imobiliários irregulares dos irmãos Brazão. A PF encontrou diálogos recentes que comprovariam essa suspeita.
Sua prisão preventiva foi solicitada para interromper essas atividades, segundo a PGR. Ele foi acusado de integrar a organização criminosa liderada pelos irmãos Brazão, mas não há provas do seu envolvimento no assassinato da vereadora. Calixto foi alvo de buscas na ocasião da prisão de Domingos e Chiquinho.
![Ronald Paulo Alves Pereira Ronald Paulo Alves Pereira](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/48/2019/09/19/ronald-paulo-alves-pereira-major-da-policia-militar-do-rio-preso-em-janeiro-por-chefiar-uma-milicia-que-atua-em-rio-das-pedras-cujo-braco-armado-e-conhecido-como-escritorio-do-crime-1568929662340_v2_450x450.jpg)
Ronald é acusado de ser um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle antes da execução do homicídio. Segundo as investigações, ele comunicou aos executores do crime sobre a agenda que ela teria no dia 14 de março de 2018, quando foi consumado o crime. Ele também é acusado de ser um dos principais milicianos na região do Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.
Ele já cumpria pena em presídio federal. Ronald foi condenado a 76 anos de prisão por quatro homicídios e ocultação de cadáver. O caso ocorreu em 2003, quando quatro jovens teriam sido torturados em uma casa noturna em São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
O que dizem as defesas
A defesa de Rivaldo Barbosa criticou o fato de a denúncia ter sido feita antes da oitiva dos investigados. Sobre o mérito da acusação, os advogados informaram que irão se posicionar tão logo tenham acesso ao teor da denúncia. A reportagem tenta contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestação.
A defesa de Domingos Brazão disse que "não teve acesso à acusação e tampouco às colaborações, porém, ao julgar pelas notícias, a narrativa acusatória é uma hipótese inverossímil". Declararam também que souberam pela imprensa do oferecimento da denúncia feito pela PGR e que a acusação "se ampara somente na narrativa do assassino confesso, sem apresentar provas que sustentem a versão do homicida".
Deixe seu comentário