TSE diz que não vai enviar observadores para eleições na Venezuela

O TSE informou que não enviará observadores para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, previstas para acontecer em 28 de julho.

O que aconteceu

Tribunal não informou os motivos. Em seu site, o TSE explica que a presença de observadores internacionais tem como objetivo garantir que o processo eleitoral decorra em clima de transparência, isenção e legalidade, com vistas a assegurar a credibilidade dos resultados das eleições. Em 2023, a então vice-presidente do órgão, Cármen Lúcia, acompanhou as eleições na Argentina.

Venezuela revogou convite à União Europeia para observar eleições. A presença dos europeus fazia parte do acordo entre governo e oposição para este pleito. A medida foi tomada após a UE ratificar sanções individuais contra altos dirigentes do governo Maduro. Além da UE, Caracas convidou, em março, o Centro Carter, dos EUA, o grupo Brics (do qual o Brasil faz parte) e a União Africana para acompanhar as eleições.

Nicolás Maduro tentará um terceiro mandato —se vencer, ele pode acumular 18 anos no poder. Seu principal adversário é Edmundo González Urrutia.

Nome da oposição barrado. As autoridades vetaram no caminho dirigentes como María Corina Machado, favorita nas pesquisas, mas inabilitada para exercer cargos públicos, uma arma habitual do chavismo governante para neutralizar adversários.

O presidente Lula (PT) tem subido tom contra o regime venezuelano. Depois de celebrar as eleições no país e pedir "presunção de inocência" para Maduro, o petista classificou a situação na Venezuela como "grave" após a oposição denunciar problemas para registrar candidatura no país e disse que irá acompanhar o pleito.

A UE enviou uma missão em 2021 para as últimas eleições de prefeitos e governadores. Nelas, foram identificadas melhorias consideráveis no sistema de votação, assim como irregularidades. A presença dos europeus terminou de forma abrupta depois que Maduro tachou seus membros de "inimigos" e "espiões".

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