Bolsonaro comemora eleição na UE: 'Establishment está espumando de ódio'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou o resultado das eleições para o Parlamento Europeu, com crescimento da extrema direita.

O que aconteceu

No Facebook, Bolsonaro disse que o establishment está "espumando de ódio" com o resultado eleitoral na União Europeia. "A Europa mostra que a vontade popular prevalece sem determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo.(...) A vitória do povo mostra que as agendas impostas pelo sistema não estão satisfazendo sua vontade", escreveu o ex-presidente.

Centro manteve liderança no Parlamento europeu, mas extrema direita cresceu e se tornou a segunda maior força. Partidos ultraconservadores e populistas, principalmente na Alemanha, Holanda, Áustria, Itália e França, cresceram. Partidos ecologistas e liberais sofreram derrotas.

Resultado das eleições para o Parlamento Europeu levou presidente da França a antecipar eleições. Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições legislativas antecipadas, com o primeiro turno previsto ainda para este mês. "Partidos de ultradireita (...) estão progredindo em todo o continente. É uma situação à qual não posso me resignar", disse o presidente francês em pronunciamento.

Extrema direita agora deve ter força para influenciar decisões da Europa. As discussões serão majoritariamente pautadas em temas como imigração e segurança. Além disso, a força dos extremistas pode obrigar o novo Parlamento a escolher comissários — uma espécie de superministros — de grupos ultraconservadores, ou pelo menos levar em consideração a voz de populistas na formulação de políticas, segundo Jamil Chade.

Já nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump aparece à frente de Joe Biden nas pesquisas para as eleições de 2024. Um novo mandato de Trump poderia favorecer partidos de direita e extrema direita pelo mundo.

No Brasil, Bolsonaro está inelegível por oito anos por decisão do TSE. O ex-presidente não poderá se candidatar nas eleições de 2024, 2026 e 2028. O motivo da condenação foi uma reunião com embaixadores em julho de 2022, a poucos meses da eleição, quando Bolsonaro atacou a credibilidade do sistema eleitoral.

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