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Não podemos perder oportunidade, diz Lula sobre petróleo na foz do Amazonas

Do UOL, em Brasília

12/06/2024 10h56Atualizada em 12/06/2024 17h35

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil "não pode perder a oportunidade" de exploração de petróleo no bloco da margem equatorial, próxima à bacia da foz do Amazonas, na costa do Amapá.

O que aconteceu

A extração, defendida pela Petrobras, é polêmica pela distância de cerca de 500 km do rio. No ano passado, o Ibama chegou a dar um parecer que impedia a iniciativa, que depois foi liberada pela AGU (Advocacia-Geral da União).

Lula sempre defendeu a exploração, embora vá em caminho contrário ao discurso de desenvolvimento sustentável do governo. A justificativa do Planalto, reverberada pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), é que, enquanto a transição energética não for feita, é preciso manter a exploração.

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A Petrobras estima que o bloco da margem equatorial possa conter 5,6 bilhões barris de petróleo. Essa seria uma das maiores reservas da história do país. Como comparação, o pré-sal tem cerca de 12 bilhões de barris.

A extração pode prejudicar o bioma de toda a região. Estudos indicam que as construções e intervenções podem alterar a maré e até influenciar na fauna e na flora ao longo de todo o rio.

A hora que começarmos a explorar a chamada margem equatorial, acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinária.

Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer.
Lula, em evento com investidores

Petrobras

Lula participou de um evento com investidores internacionais. Ele está no Rio desde ontem (11), quando participou da premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, criada durante o primeiro mandato do petista.

Este é o primeiro evento aberto de Lula com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. De perfil desenvolvimentista, ela substituiu Jean Paul Prates em maio. "A nossa Petrobras está quase disputando com a Aramco", brincou Lula, em referência à petrolífera saudita que financia o evento em que o presidente falou, no Rio.

[Não podemos perder a oportunidade] de fazer com que esse país, junto com a Arábia Saudita nos Brics, possa criar uma nova forma de investimento, possa criar um novo sistema de tratamento das pessoas.
Lula, em evento com investidores

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