Dino e Moraes mantêm fervuras nacionais em fogo bastante alto
Observadores apressados imaginaram que o recesso do Judiciário e do Legislativo serviriam para jogar água fria nas fervuras nacionais. Mas não foi por diversão que Flávio Dino e Alexandre de Moraes abriram mão de suas férias no Supremo Tribunal Federal.
Um dia depois de ter sido intimada por Dino a abrir novo inquérito sobre emendas orçamentárias, a Polícia Federal recebeu ordem de Moraes para recolher novamente ao xilindró o ex-deputado Daniel Silveira.
Com dois despachos, Dino e Moraes esquentaram num intervalo de 24 horas as cabeças de Arthur Lira, da falange do centrão, de Bolsonaro e dos cumplices do alto-comando do golpe.
Para dançar um tango e movimentar o recesso de Brasília, não basta a vontade de um par de relatores do Supremo. É indispensável uma manobra orçamentária aloprada. Ou um desatino de bolsonarista viciado em cana.
O que Dino e Moraes sinalizaram é que estão atentos aos movimentos do salão. Para desassossego dos que foram ao recesso, os ministros contam com a companhia do procurador-geral da República Paulo Gonet, outro que revelou a disposição de trabalhar nas férias.
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