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Josias: Debate dos EUA sobre idade já chegou ao Brasil e se intensificará

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/07/2024 13h25

O debate sobre a idade do candidato à reeleição da presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, também ganhará força no Brasil quando o presidente Lula (PT) concorrer em 2026, disse Josias de Souza no UOL News da manhã desta segunda-feira (1º).

Nesta segunda-feira (1º), Lula criticou a repercussão do debate presidencial norte-americano com a participação de Donald Trump e Joe Biden.

Esse é um debate muito curioso para Lula, porque, na prática, vai acontecer com ele mesmo em 2026. Lula terá 80 anos em 2026. Hoje, Biden tem 81 anos, fará 82 depois da eleição de novembro.

Neste final de semana, Ciro Nogueira foi ao WhatsApp para chamar o Lula de 'Biden da Silva'. Ele quis se contrapor a uma declaração feita pelo Lula em São Paulo, de que ele encontrou o governo como se fosse uma Faixa de Gaza, absolutamente destruído.

Josias concorda que apenas o candidato pode responder se tem condições de enfrentar uma disputa eleitoral à presidência, mas ficou evidente que Biden não conseguia concluir raciocínios.

Esse debate que tem o fator etário já está ocorrendo e vai ocorrer de forma mais intensa ainda lá na frente e, como disse Lula, só o candidato pode saber em que condições ele se encontra. No caso específico de Biden, ficou muito frágil a posição do candidato à reeleição à Casa Branca em que ele foi atropelado pelo Donald Trump.

Ele foi um candidato 'claudicante', não conseguia concluir raciocínios e soou gaguejante. Agora, surgiu nesse fim de semana uma pesquisa que estampa uma informação catastrófica para Biden e o partido democrata: sete em cada dez eleitores dos Estados Unidos avaliam que já deu para Biden.

Lula defendeu Biden

Presidente disse que Biden, atual presidente dos EUA, é "quem pode dizer se tem condições ou não" de participar da disputa eleitoral. "Uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir a vida inteira para ele mesmo. Mas se ele não está, é melhor eles tomarem uma decisão", disse. "O que foi chato é que no debate expuseram muito a fragilidade do Biden."

Ele ressaltou a importância do processo eleitoral americano e disse que, se for o caso, o partido de Biden pode indicar outro nome. "Tem que ser levado muito em conta porque é muito importante para todo o mundo. O partido democrata pode indicar outra pessoa." A fala do petista ocorreu durante entrevista à Rádio Princesa, em Feira de Santana, na Bahia.

Lula disse que sua preferência política é pelo democrata, atual presidente dos EUA, Joe Biden. "Eu, pessoalmente, gosto do Biden. Já me encontrei com ele várias vezes. Acho que ele tem um problema, mas quem sabe da condição dele é ele."

O presidente lembrou ainda que visitou políticos brasileiros nos últimos dias. "Fui visitar o presidente [José] Sarney, com 94 anos, e ele está preocupado com as eleições de 2026. A cabecinha dele está a mil por hora, fui visitar Fernando Henrique, com 93 anos, e a cabeça dele está boa. Fui visitar todas as pessoas com mais de 80 anos e estão meio em situação de saúde precária."

Lula também se referiu a Trump como "mentiroso". Presidente disse que o jornal norte-americano The New York Times contabilizou 101 informações falsas atribuídas ao republicano. "De um lado, um cidadão mentiroso, de outro lado, Biden com uma certa morosidade para responder as coisas."

Josias: Vitória da extrema direita na França anima sonho de bolsonaristas

Os aliados de Jair Bolsonaro comemoraram a vitória da extrema direita no primeiro turno da eleição legislativa na França e entendem que este resultado ajuda a compor um cenário favorável no Brasil para o retorno do ex-presidente ao poder, afirmou Josias.

A ultradireita brasileira se anima. Porém, os valores que levam ao avanço da direita radical na Europa não são os mesmos que movem a ultradireita no Brasil, cuja pauta se parece mais com a do Trump.

É uma movimentação que deixa os aliados do Bolsonaro animados. Eles imaginam que, se esse vento continuar soprando assim no exterior, isso facilita o desejo do Bolsonaro de retornar como um candidato viável para as eleições de 2026, obtendo uma anistia ou alguma decisão diferente da do TSE que o levou à inelegibilidade.

É um sonho, mas a cada movimento desse que ocorre no exterior, ele se torna menos idílico e mais palpável para o bolsonarismo. Eles observam a cena internacional e imaginam que os ventos vão mudar de direção também no Brasil. Josias de Souza, colunista do UOL

Além do resultado das eleições na França, Josias destacou a possibilidade de Donald Trump voltar à presidência dos Estados Unidos, ainda mais pelo criticado desempenho de Joe Biden no primeiro debate entre eles. Para o colunista, o avanço do conservadorismo coloca o mundo em risco.

Está havendo um movimento que deixa assanhados os da extrema direita no Brasil.

Emmanuel Macron imaginou que seu governo ficaria meio descalço se não tivesse um respaldo popular depois do avanço da extrema direita no Parlamento europeu. Ele antecipou as eleições e, no primeiro turno, Macron perdeu os pés. A ultradireita da Marine Le Pen obteve a maioria dos votos e se consolidou como uma força política capaz de chegar ao poder.

Juntando-se tudo isso ao que acontece nos Estados Unidos, onde não é nada negligenciável a hipótese de Donald Trump retornar à Casa Branca, nota-se que os ventos ultraconservadores estão soprando no mundo em duas regiões centrais para o destino do planeta. Josias de Souza, colunista do UOL

Tales: Para Lula e Bolsonaro, 2024 é prévia da disputa parlamentar de 2026

Tanto Lula como Jair Bolsonaro avaliam que as eleições municipais de 2024 funcionarão como um painel para a disputa por vagas na Câmara e no Senado em 2026, afirmou o colunista Tales Faria.

[A eleição de] 2024 é a prévia de 2026. Esses prefeitos eleitos em 2024 farão a campanha de governadores e de senadores em 2026. É aí que está toda a estratégia do bolsonarismo.

São duas vagas e o bolsonarismo acredita que fará maioria no Senado em 2026. Se fizer, elege o presidente [do Senado] e dá a largada para tentar aprovar a anistia do Bolsonaro para a eleição seguinte. Tales Faria, colunista do UOL

O debate sobre a idade do candidato à reeleição da presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, também ganhará força no Brasil quando o presidente Lula (PT) concorrer em 2026, disse Josias de Souza no UOL News da manhã desta segunda-feira (1º).

Nesta segunda-feira (1º), Lula criticou a repercussão do debate presidencial norte-americano com a participação de Donald Trump e Joe Biden.

Esse é um debate muito curioso para Lula, porque, na prática, vai acontecer com ele mesmo em 2026. Lula terá 80 anos em 2026. Hoje, Biden tem 81 anos, fará 82 depois da eleição de novembro.

Neste final de semana, Ciro Nogueira foi ao WhatsApp para chamar o Lula de 'Biden da Silva'. Ele quis se contrapor a uma declaração feita pelo Lula em São Paulo, de que ele encontrou o governo como se fosse uma Faixa de Gaza, absolutamente destruído.

Josias concorda que apenas o candidato pode responder se tem condições de enfrentar uma disputa eleitoral à presidência, mas ficou evidente que Biden não conseguia concluir raciocínios.

Esse debate que tem o fator etário já está ocorrendo e vai ocorrer de forma mais intensa ainda lá na frente e, como disse Lula, só o candidato pode saber em que condições ele se encontra. No caso específico de Biden, ficou muito frágil a posição do candidato à reeleição à Casa Branca em que ele foi atropelado pelo Donald Trump.

Ele foi um candidato 'claudicante', não conseguia concluir raciocínios e soou gaguejante. Agora, surgiu nesse fim de semana uma pesquisa que estampa uma informação catastrófica para Biden e o partido democrata: sete em cada dez eleitores dos Estados Unidos avaliam que já deu para Biden.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa:

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