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Pensar em matar não é crime, diz Flávio Bolsonaro sobre plano contra Lula

Do UOL, em São Paulo

19/11/2024 11h11Atualizada em 19/11/2024 12h25

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a operação da Polícia Federal desta terça-feira (19) que investiga o suposto envolvimento de agentes militares em um plano de execução do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O que aconteceu

"Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime", disse Flávio. Segundo o senador, para que haja uma tentativa de homicídio é "preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes" o que, de acordo com ele, não "parece" ter ocorrido.

O parlamentar classificou decisões judiciais "sem amparo legal" como repugnantes e antidemocráticas. As declarações foram feitas no X (ex-Twitter) horas após a PF prender quatro militares das Forças Especiais e um policial federal suspeitos de elaborar um plano para executar Lula e Alckmin em dezembro de 2022, após a vitória da chapa nas eleições daquele ano.

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Os supostos golpistas cogitaram usar veneno e explosivos, segundo a PF. O ministro do STF Alexandre de Moraes também era alvo de monitoramento. O documento apreendido com o general Mario Fernandes falava em "danos colaterais passiveis e aceitáveis", que incluíam a morte de toda a equipe de segurança do ministro do STF.

Flávio citou um projeto de lei que criminaliza "ato preparatório" de crimes de lesões ou mortes que envolvam três ou mais pessoas. Seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não se pronunciou a respeito da operação da PF

Um dos agentes presos fez a segurança de Lula após ele ser eleito e antes da posse, em 2022. O policial federal Wladimir Matos Soares passava informações sobre a rotina do petista a pessoas próximas ao ex-presidente Bolsonaro, de acordo com a investigação.

O plano denominado "Punhal verde amarelo" foi impresso pelo general Mario Fernandes. Fernandes foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro. Segundo a Polícia Federal, o documento foi impresso no Palácio do Planalto, após a derrota do ex-presidente.

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