Eleito, Alcolumbre fala em Senado unido e diz que Brasil quer pacificação

O recém-eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) disse que o Brasil "clama por pacificação". Também afirmou que os 73 votos que obteve — dentre 81 senadores — refletem seu "respaldo político".

O que aconteceu

Alcolumbre disse em discurso neste sábado (1) que o Senado vai trabalhar para "atender aos anseios da população". O senador teve a terceira maior votação para a presidência do Senado desde a redemocratização. Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) tiveram quatro votos cada um.

Novo presidente do Senado também ressaltou que foi eleito com o "apoio e respaldo" dos demais senadores. Alcolumbre lembrou quando, há seis anos, foi eleito pela primeira vez para presidir a Casa, com 42 votos. Neste sábado, ele foi eleito com 73 dos 81 votos. "Esse amplo apoio demonstra que o Senado está unido e sabe a direção na qual pretende caminhar."

O Brasil clama por pacificação, por um ambiente de respeito e cordialidade, onde as diferenças sejam vistas como oportunidades de crescimento. Nosso compromisso enquanto instituição, o sentido de nossos mandatos, é buscar atender aos anseios do cidadão, daquele que está fora deste Plenário.
Davi Alcolumbre, em primeiro discurso após eleição à Presidência do Senado neste sábado (1)

Alcolumbre falou em construir consensos e disse não está "em busca de protagonismo". "Não é isso que me move a estar aqui. Eu quero ser um catalisador do desejo deste Plenário e ajudar a construir os consensos que forem necessários para melhorar a vida da população brasileira."

Presidente recém-eleito pregou respeito às diferenças na Casa. "Quero reafirmar que nesta Presidência seremos uma Casa de iguais, onde cada senadora e cada senador terá voz e espaço, independentemente da sua ideologia ou orientação política", afirmou. Segundo Alcolumbre, o Senado vai trabalhar para promover geração de emprego, crescimento econômico, desenvolvimento social, saúde pública, educação de qualidade e segurança para todos.

Após vitória, Alcolumbre recebeu ligações de Lula e Bolsonaro. A primeira ligação veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sequência, Alcolumbre conversou com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Lula deve se reunir com o novo presidente do Senado já na próxima segunda-feira (3).

"Nem sempre agradaremos a todos", disse o presidente eleito. Segundo Alcolumbre, o trabalho no Senado por vezes, "exigirá um posicionamento corajoso perante o governo, o Judiciário, a mídia ou o mercado". "Antes de cada enfrentamento, cada votação sensível, uma pergunta deverá ecoar em nossas mentes: "esse projeto ajuda ou atrapalha o povo?", disse.

Respeito às decisões do Congresso, disse Alcolumbre

Alcolumbre abordou a controvérsia sobre emendas parlamentares em fala anterior à eleição. Em discurso, o senador tratou do recente impasse envolvendo o bloqueio de recursos do orçamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e suas implicações para o Legislativo.

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Senador defendeu a autonomia do Legislativo e reforçou a necessidade de respeito às prerrogativas parlamentares. Embora tenha reconhecido o papel do Judiciário e a importância do cumprimento das decisões judiciais, o senador ressaltou que o Congresso deve manter sua independência para legislar e representar a população e foi, nesse momento, aplaudido por outros parlamentares presentes.

O senador defendeu o equilíbrio entre os Poderes. Ele afirmou que, embora o respeito às decisões judiciais seja fundamental, é igualmente necessário preservar a autonomia do Legislativo para legislar e representar a sociedade.

Senado deve atuar com resiliência e responsabilidade, declarou. Alcolumbre ressaltou que a Casa precisa manter o diálogo com os outros poderes, sem abrir mão de suas prerrogativas institucionais.

Alcolumbre defendeu a influência do Parlamento nos municípios. O senador afirmou que fortalecer as cidades é garantir a cada cidadão o direito à cidade, onde a verdadeira cidadania é construída e exercida.

O foco é a descentralização de recursos. Alcolumbre defendeu a priorização dos municípios e a valorização do pacto federativo, destacando que trabalhará para fortalecer estados e cidades dentro de um modelo de desenvolvimento integrado.

86 comentários

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Marcos Pacifico da Silva

Mais uma vez esse cara que não somou e não vai somar nada para o Brasil. Política sem vergonha impera no Brasil.

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Samara Sobral Correa

Emendas parlamentares são o caos do mundo político  Não deveriam existir Porque não sabemos como aplicam nosso dinheiro  Dino neles, eu apoio

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Dalcio Antonio Carminatti

Mais dos mesmos, ja vimos este filme.

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