Bolsonaro testa no STF tática que faz processo virar pizza
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Nos raros trechos em que se dedica a enfrentar o mérito das acusações, a defesa técnica de Bolsonaro é tão rasa que pode ser atravessada por uma formiga, com água pelas canelas. Na peça encaminhada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, os advogados do capitão fizeram uma opção preferencial por explorar em profundidade apenas as questões processuais.
Desde que Mauro Cid tornou-se colaborador da Polícia Federal, tudo o que Bolsonaro busca é um tumulto no inquérito. O capitão sabe o que fez. Nem seus aliados esperam por uma absolvição. Tomados pelos argumentos, os defensores de Bolsonaro reforçam a percepção de que desejam embaralhar o processo.
Trata-se de reduzir tudo a tecnicalidades processuais, para preparar as teses que irão fundamentar as petições que reivindicarão no futuro a anulação da condenação que está por vir. Agora, interessa apenas intoxicar o processo. A denúncia vira um "romance", o delator é um "mentiroso" torturado, o relator é suspeito, e o foro de julgamento é inadequado.
Na prática, Bolsonaro testa no Supremo uma tática que, nos processos iniciados em instâncias inferiores do Judiciário, transformam investigações em pizza. Foi assim que, num passado remoto, a Operação Castelo de Areia virou pó no Superior Tribunal de Justiça. Foi assim também com a Lava Jato, que vem sendo esquartejada na própria Suprema Corte. A diferença é que, no caso do golpe, para que o forno fosse acionado, o Supremo teria que desfazer a si mesmo para favorecer Bolsonaro.
125 comentários
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Luis Alberto de Araujo Ramos
Não tendo nada de positivo para adicionar à sua defesa, não me surpreende em nada a tática utilizada pelos seus causídicos !
Jose Carlos Caldas da Silva
Se os poderes legislativo e judiciário brasileiros quisesse mesmo ousar correr o risco de moralizar o Brasil, teriam afastado Bolsonaro da presidência já em seus primeiros meses de seu mandato tragicômico em que ensaiou partir para uma QUARTELADA mês sim... mês não... Hehehehe... E esses mesmos poderes da república deram de ombros quando o então mandatário do executivo, depois da derrota nas urnas, simplesmente abandonou o governo da nação à própria sorte como um fedelho mimado quando não tem os seus caprichos atendidos... Hehehehe... Estou curioso para ver como acabará este imbróglio para que as pizzas não fiquem muito evidentes... Hehehehehe...
Luis Carlos Carvalho
então, exatamente nesse contexto político insano trágico envolvendo o nosso quiriduuuu piszidenti bostannatzo saudoso li-xxoo inútilll necropiaddoo e bando, a certeza que fica é que a canna vai ser demorada. felicidade bacana, plenna, muito bonita, sem preço.