Pela ditadura militar — que assassinou ao menos 434 pessoas no país. Sem medo do coronavírus, responsável por ao menos 5.000 mortes no planeta.
Apesar das evidências históricas e científicas (ou contra elas), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram às ruas de cidades em todos os estados da federação com pedidos claros e gestos que atentam contra a democracia e contra a saúde pública nacional.
Em meio a uma pandemia que levou autoridades de dentro e de fora do Brasil apelarem para a restrição de aglomerações, os protestos se mostram menos volumosos do que os vistos anteriormente — embora a comparação exata seja impossível, dada a falta de dados oficiais. Ao mesmo tempo, os cartazes e as falas encamparam pautas mais radicais. Uma amostra de bolsonarismo condensado.
Contrariando recomendações do próprio ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, o presidente da República incentivou os atos e quebrou protocolos sanitários, sob o silêncio dos chefes do Legislativo e do Judiciário — poderes na mira dos manifestantes.