Carlos Madeiro

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Dono do carro que explodiu no STF fez festa na pandemia e foi denunciado

O homem que explodiu artefatos na praça dos Três Poderes, em Brasília, respondia a diversos processos na Justiça de Santa Catarina. Francisco Wanderley Luiz tinha ações por descumprimento de medidas sanitárias impostas contra a covid-19 e cobranças de uma loja e da Prefeitura de Rio do Sul.

No caso da cobrança municipal, de 2021, a Justiça chegou a penhorar o carro usado no atentado na noite desta quarta-feira (13).

Consta em ata de reunião de 27 de março de 2023 que ele ofereceu o KIA Shuma LS, ano 1999/2000, como objeto a ser penhorado no local de uma camionete escolhida pela Justiça anteriormente. "Penhora colhida em termo próprio e assinado pelo executado", diz o termo do acordo.

Em 11 de julho do mesmo ano, após pagar os débitos, ele pediu, e a penhora foi desfeita pelo judiciário. O processo então foi extinto.

Carro foi usado para explodir fogos de artifício no estacionamento do anexo 4 da Câmara já tinha sido penhorado
Carro foi usado para explodir fogos de artifício no estacionamento do anexo 4 da Câmara já tinha sido penhorado Imagem: Imagem cedida ao UOL

Descumprimento de medidas

A coluna teve acesso também a uma das denúncias do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) por descumprimento de medidas sanitárias.

Na noite de 20 de junho de 2021, ele promoveu uma festa no estabelecimento comercial Tenda Park, ignorando as "medidas de enfrentamento da pandemia da covid-19, ao permitir aglomeração de pessoas sem limite de lotação".

Segundo o relato dos policiais militares que participaram da ocorrência, a festa tinha som alto, sem distanciamento ou uso de máscaras e reunia cerca de 80 pessoas.

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Destaca-se que o estabelecimento já havia sido interditado em outra ocasião pelos mesmos motivos, de modo que o acusado mesmo ciente da proibição em razão da Pandemia da COVID-19, desafiou os Órgãos Públicos ao promover eventos desrespeitando as regras de enfrentamento da doença nesta urbe [cidade].
Denúncia do MP-SC

Apesar da denúncia, ele foi absolvido em primeira e segunda instâncias.

Um último processo, já de 2024, é uma cobrança de uma loja de materiais de construção pedindo um pagamento de pouco mais de R$ 6 mil.

Francisco também era dono de uma pequena empresa com seu nome na cidade de Rio do Sul, que também respondeu a um processo em 2017 por dívida com a prefeitura.

Em 2019, abriu outra empresa, chamada Mercado Popular, também localizado em Rio do Sul e que prestava serviços de chaveiro e de bar/restaurante. Ele está com cadastro ativo, sem responder processos públicos.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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