O 3º escolhido de Bolsonaro
Dias depois de assumir como o terceiro presidente indicado por Jair Bolsonaro (PSL) para a Apex, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, o contra-almirante Sergio Ricardo Segovia Barbosa reuniu toda a equipe para apresentar o que queria em sua gestão.
Prometeu "transparência e lealdade" e cobrou o mesmo de seus funcionários. Desde que assumiu o posto, o militar que comanda a agência --integrada ao Itamaraty sob a chefia do chanceler olavista Ernesto Araújo-- vem tentando colocar a casa em ordem.
Segovia tem 55 anos e quatro décadas dedicadas à Marinha. Mas não ficou muito feliz quando Bolsonaro falou para a imprensa que havia indicado um "jovem" para a presidência da Apex. Poderia indicar inexperiência. Que ele até admitiu aos funcionários do órgão ter pouca na área de comércio exterior. Mas sua atuação como gestor tem sido elogiada, mais ainda após o período turbulento pelo qual a agência de exportações passou nos últimos meses.
Em entrevista ao UOL --a primeira dada a um veículo de comunicação desde que assumiu o cargo, no começo de maio--, o contra-almirante Segovia contou que a transição da área militar para a civil tem sido "bastante suave e tranquila".
"Na verdade, a gestão de um navio --uma organização militar típica da Marinha-- funciona da mesma forma que a gestão de uma empresa. Se pensarmos bem, as únicas coisas que mudam são o uniforme, que é substituído pelo terno e gravata, e o fato de que as pessoas não me prestam continência. Afinal, a base é a mesma: o respeito às pessoas e o compromisso com a ética, a transparência e o trabalho bem feito", disse o militar.