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- Saúde [11180]; Gravidez [12985]; Parto [16595];
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- "Optei pela cesárea e não me arrependo" - Minha obstetra era aberta ao parto normal e sempre me deu dicas para a gente seguir nesse caminho. Mas, na 38ª semana, ela alertou que minha bebê estava muito grande e provavelmente teria mais do 3,7kg, o que considerava o limite para um parto normal. Isso poderia me causar uma incontinência urinária no futuro, ela explicou. Esperamos até a 42ª semana, mas a Sofia não nascia e eu não tinha nenhuma dilatação. Conversei com meu marido e optamos pela cesárea. A recuperação realmente não foi fácil. Nunca tinha feito uma cirurgia e entendi que pode ser muito sofrido. Não me senti pressionada e nunca tive muita vontade de fazer parto normal. O importante era que a Sofia nascesse. Não me arrependo da minha escolha. Se tiver que fazer uma nova cesárea, não será nenhum problema - Fabiana Tocchet, de 36 anos, é mãe de Sofia, de 3 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Dei à luz sem anestesia" - Só pensei em como gostaria de ter meu filho depois que engravidei. Sempre que perguntava ao meu obstetra sobre o parto normal, ele ficava reticente, me dizia que só poderíamos saber na hora. Isso me incomodou. Eu e meu marido ficamos com medo de sermos induzidos a uma cesárea em cima da hora e decidimos trocar de profissional. Mudei para uma obstetra que segue a linha humanizada. Para esses profissionais, o parto normal é o mais indicado. Na época, meu marido havia feito um treinamento em experiências de regressão a vidas passadas e viu que muitas pessoas carregam traumas do parto. Ele me convenceu que o melhor presente que podíamos dar ao nosso filho não era um enxoval comprado em Miami ou um carrinho importado, mas um parto natural, sem anestesia nem trauma, com uma ótima equipe de apoio. Além disso, a anestesia limita os movimentos da mulher, e eu queria poder me movimentar para encontrar a melhor posição para dar à luz. Disse à minha obstetra que pensava no parto sem anestesia. Ela me apoiou, mas disse que nem toda mulher conseguia. Era preciso me preparar. Tratei de me matricular num curso numa clínica especializada. Enquanto isso, fazia aulas de hidroginástica com grávidas com gestações em estágios parecidos. Todas queriam parto natural. Todas fizeram cesárea. Uma disse que tinha pouco líquido amniótico. Outra falou que a bolsa não estourou nem entrou em trabalho de parto. Teve uma que fez porque já tinha mais de 40 semanas e outra por causa do cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê. Todas essas situações não são indicações absolutas de cesárea. Elas caíram no conto dos médicos porque não tinham se informado. O maior perigo é gestante desinformada, porque aí se deposita toda a confiança no médico e não se questiona nada. Quando estava com 40 semanas de gestação, comecei a sentir a pressão pela cesárea. Na hidroginástica, volta e meia me perguntavam se eu não ia fazer. Quando caminhava no parque, era abordada por senhoras que diziam ser muito perigoso deixar a gravidez prosseguir. Contavam-me casos pavorosos a toda hora. Deparei-me com muita ignorância nesse final de gravidez. A cultura da cesárea está muito difundida, e parece que o parto normal é coisa de outro mundo. Meu bebê acabou nascendo com 41 semanas exatas, de parto normal sem anestesia. Cheguei a pedir algo pra dor, mas não me deram ouvidos. Disseram que ia acabar logo. Ainda bem, porque hoje nem lembro de como é a dor. Considero-me vitoriosa por ter conseguido fugir do padrão - Daniela Toviansky, de 35 anos, é mãe de Sebastião, de 1 ano e 6 meses Arquivo Pessoal Mais
- "Decidi confiar no meu médico" - Escolhi que teria minha filha por parto normal porque queria que fosse algo natural, uma surpresa. Não me agradava a ideia de ser algo programado. Minha obstetra concordou e esperamos o máximo possível. Quando estava com 40 semanas e alguns dias, fiz um ultrassom para ver se tudo estava bem, mas o exame mostrou que eu estava com muito pouco líquido amniótico. Perguntei se era possível induzir o parto, mas minha médica disse que não porque eu não tinha nenhuma contração nem dilatação. Acabei fazendo uma cesárea. Não sei dizer se, caso esperasse mais um pouco, minha filha viria por parto normal e sem riscos. Até era possível. Já ouvi casos como o de uma médica que indicou uma cesárea, mas a mãe foi a outro médico, com quem fez parto normal, e correu tudo bem. Mas o mais importante é ter confiança no médico. Escolhi com cuidado a minha e decidi confiar nela. No fim, deu tudo certo. Não pude ter um parto natural como queria, mas a vida segue - e muito mais feliz, independentemente do tipo de parto - Priscila Feiner, de 30 anos, é mãe de Flor, de 11 meses Arquivo Pessoal Mais
- "Tive parto normal com bebê sentado" - Tive três gestações e em todas elas os bebês estavam sentados. Na primeira, me faltou assistência profissional qualificada para ajudar na escolha e fiz uma cesárea. Na segunda, tive pré-eclampsia. Meu parto foi induzido com 31 semanas, mas minha bebê não resistiu e faleceu antes de nascer. Na terceira gestação, decidi que ia ter um parto normal. Até engravidar pela primeira vez, não havia pensado muito nisso, mas a maioria das minhas irmãs tinha dado a luz numa cesárea pré-agendada. Vi que era uma prática comum e não me questionava. Mas, na terceira gestação, passei a me questionar, me informei, busquei grupos de apoio e vi que era possível ter um parto normal com o bebê sentado se houver o devido respaldo profissional. Decidi que era a melhor opção para mim. Só percebi que meu terceiro bebê estava sentado na 30ª semana. Muitos obstetras têm objeção ao parto normal neste caso. Procurei um obstetra favorável ao parto normal. Íamos tentar uma manobra para colocar o bebê na posição correta, mas a bolsa estourou com 35 semanas. Fiquei numa posição de quatro apoios para facilitar o nascimento do Miguel. Ele nasceu rápido e sem complicações. Isso me deu a oportunidade de passar por um dos momentos mais significativos da vida de uma mulher. Finalmente preenchi uma lacuna que havia em mim - Patrícia Brandão, de 42 anos, mãe de Luna, de 5 anos, e Miguel, de 2 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Escolhi cesárea, mas não faria de novo" - Sempre pensei em fazer cesárea. Tinha medo de sentir dor e queria me programar e poder registrar tudo. Mas, quando fiz o curso de gestantes, frisaram bastante o parto normal e que era possível ter um sem dor. Fiquei em dúvida e cheguei a questionar minha médica. Mas ela disse que a recuperação da cesariana seria tranquila e que a cicatriz ficaria pequena. Acabei optando pela cirurgia. A obstetra acertou na parte da cicatriz, mas já na da recuperação...Foi muito difícil. Passei mal e acabei sentindo muita dor de qualquer jeito. O terceiro dia foi terrível. Passei cinco dias sem pode me mexer direito ou conseguir dar banho no Lorenzo. Foi traumatizante. Se tiver um segundo filho, vou tentar o parto normal. Vi mulheres no hospital indo para casa andando dois dias depois do parto. A dor pode ser forte, mas é momentânea - Nayala de Oliveira Sato, de 32 anos, é mãe de Lorenzo, de 15 dias Arquivo Pessoal Mais
- "Fiquei chocada quando voltei dos EUA para o Brasil" - Fiquei grávida pela primeira vez quando morava nos Estados Unidos. Lá, a mulher tem um acompanhamento médico voltado para o parto normal. Todas as minhas amigas tinham dado à luz assim. Foi como o Andrei nasceu, com 40 semanas e saudável. Cinco anos depois, voltei ao Brasil e fiquei chocada. Aqui, todas as minhas amigas tinham feito cesárea. Pelo que elas me contaram, acho que os médicos brasileiros dão qualquer motivo para induzir uma mulher a fazer cesárea. Sem falar na mãe que marca cesárea para ir para o parto de unha da mão e do pé feitas. Isso é muito estranho. Fiquei grávida de novo e, como não tinha plano de saúde nem queria ter meu filho num hospital público, optei por uma clínica particular. Na hora do parto, era a única da clínica que faria parto normal. As enfermeiras até vinham me elogiar. Tive o Brandon sem anestesia. É algo que qualquer mulher pode suportar. Hoje, nem me lembro direito de como era a dor - Sueli Reis, de 36 anos, é mãe de Andrei, de 9 anos, e Brandon, de 4 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Dei à luz com uma parteira na Holanda" - Morava há nove anos na Holanda quando engravidei. Aqui, não posso dizer ao médico que quero cesárea se isso não for necessário. Se correr tudo bem na gravidez você sequer vê o médico durante o parto. Quem cuida de tudo é uma parteira e as enfermeiras. A mulher ainda pode escolher ter o bebê em casa, se morar a até meia hora de um hospital. Acabei indo para um hospital porque não entrei em trabalho de parto. Quando estava em casa, tentaram induzir o parto, mas não deu certo. Estouraram a bolsa e também não funcionou. Só entrei em trabalho de parto quando me deram oxitocina no hospital. Seis horas depois, a Lara nasceu. Em mais duas horas, eu estava liberada para ir para casa. É muito diferente do Brasil, onde tudo é motivo para fazer cesárea. Quase aconteceu com a minha irmã. Já no final da gravidez, o médico fez um exame para ver se ela já tinha dilatação e começou a dar a entender que a situação não evoluía muito bem e acabaria numa cesárea. Ela teve que brigar para ter um parto natural. Fiquei muito agradecida por ter dado à luz na Holanda. Da forma como foi feito, acredito que há um impacto menor para o bebê. É uma experiência mais leve - Rebecca Kloosterman, de 37 anos, é mãe de Lara, de 2 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Fui persuadida a fazer duas cesáreas" - Quando eu estava com 40 semanas de gestação, meu médico falou que podíamos esperar pelo parto normal, mas achava improvável àquela altura porque eu não tinha dilatação. "Você vai sentir muita dor e ter um trabalho de parto de mais de 20 horas e nada garante que você não terá que fazer uma cesariana", ele disse. Marcamos a cirurgia. Tive meu segundo filho com outro médico, que me explicou que uma mulher que já teve cesárea não pode ter parto normal depois. Ele falou ainda: "Se quiser que nasça comigo, tem que ser no dia 4 de janeiro porque eu vou entrar em férias". Há seis anos, conheci uma enfermeira obstetra nos Estados Unidos e contei minha história. Ela me explicou que, na primeira gestação, podia ter esperado e que ter feito cesárea não me impedia de ter um parto normal.Fiquei frustrada. Sei que tomei essas decisões porque não tive apoio dos médicos. Mas até hoje penso: "Será que eu fiz certo de não ter tentado?" - Maria Leticia Magalhães, 48 anos, é mãe de Alexandre, de 16 anos, e Helena, de 12 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Fiz parto normal depois de duas cesáreas" - Minhas duas cesáreas foram recomendadas pelo médico já no final da gravidez. Na primeira, estava com 40 semanas quando o obstetra disse, depois de fazer o ultrassom, que o bebê estava muito grande e já havia mecônio, fezes do feto que mostram que ele está em sofrimento. Como não tinha me informado sobre o assunto, nem questionei. Só depois descobri que não existe essa história de bebê grande demais e que não dá para ver mecônio pelo ultrassom. Na segunda gravidez, procurei outro médico que dizia fazer parto normal. Com 38 semanas, ele disse que o ultrassom havia indicado que o volume de líquido amniótico estava baixando e não dava para esperar nem mais um dia. Fiquei surpresa e chorei bastante. Fiz minha segunda cesárea. Depois fui saber que era possível tentar uma indução do parto. Na terceira gravidez, fui no mesmo médico, que já quis marcar a cesárea para a 38ª semana - mais tarde descobri que ele não fazia um parto normal havia três anos. Aquilo me chocou. Mais do que passar por um parto normal, queria respeitar a hora em que meu bebê resolvesse nascer. Já havia interferido duas vezes e considerava desnecessário. Acho a cesárea válida em situações de risco, mas a mulher deve ter o direito de escolher. Desta vez, pedi a amigas indicações de médicos que tentariam um parto normal depois de duas cesáreas e encontrei uma médica disposta a ajudar. Ela explicou os riscos. Fiz um exame no final da gravidez para avaliar a espessura da cicatriz, porque, se estiver fina demais, a chance de ruptura aumenta. O exame me habilitou a tentar o parto normal. Entrei em trabalho de parto no limite, com 41 semanas e cinco dias. Não pude tomar anestesia porque, diante do risco de ruptura uterina, eu devia estar consciente para saber se algo estava errado. Muitas mulheres têm medo da dor do parto, mas, para mim, ela foi aumentando aos poucos e estava feliz por sentir aquilo. Só doeu muito mesmo depois que a médica estourou a bolsa. Mas, a partir daí, foi muito rápido. Minha terceira filha nasceu 40 minutos depois. No final, me senti realizada e muito poderosa. Pensei: "Sou capaz de segurar qualquer barra daqui em diante" - Luanda Fonseca, de 32 anos, é mãe de João, de 5 anos, Irene, de 1 ano e 7 meses e Teresa, de 2 meses Arquivo Pessoal Mais
- "A cesárea salvou as nossas vidas" - Estava com 42 semanas de gestação e não entrava em trabalho de parto. Fui ao hospital e confirmaram que estava tudo bem comigo e com o bebê, mas não deixaram ir embora por causa do estágio avançado da gravidez. Fui encaminhada para a sala de parto. Perguntaram o que eu preferia. Toda mãe sabe que o parto normal é mais saudável para o bebê e que a recuperação da mãe é mais fácil. Optei por isso. Fui induzida ao trabalho de parto por medicação. O obstetra estourou a bolsa. Mas fiquei dois dias em trabalho de parto e nada do Gabriel nascer. Acabei fazendo cesárea. O médico me disse que eu e o Gabriel corremos um grande risco. Sem a cesárea, teríamos morrido. O Gabriel nasceu com bronquite por causa do trabalho de parto demorado e tem problemas respiratórios até hoje. Até hoje me pergunto se ele não teria nascido mais saudável se eu não tivesse forçado a barra para ser parto normal. Se um parto diferente do normal é necessário, é preciso fazer. Não temos diploma de medicina para fazer esse tipo de julgamento - Francilene da Silva, 34 anos, é mãe de Gabriel Augusto, 3 anos Arquivo Pessoal Mais
- "Fui forçada a fazer uma cesárea" - Queria ter um parto normal, mas fui forçada a uma cesárea desnecessária na minha primeira gravidez, há nove anos. Fui colocada no soro quando ainda estava com 39 semanas. Deixaram-me deitada na maca sem poder comer ou beber água, sem nenhum suporte emocional. Fiquei assim, com contrações intensas, por 24 horas. Cheguei a seis centímetros de dilatação. Estava disposta a esperar muito mais. Só pedia água e comida, mas não me deram. Diziam que, se quisesse comer, deveria fazer a cesárea. Quando não aguentava mais, desisti do parto normal. Engravidei de novo no ano passado e dei à luz por parto natural. Isso só foi possível porque escolhi com calma a equipe que me acompanharia. Só então descobri quanta violência obstétrica sofri no primeiro parto. Até hoje, tenho traumas daquela experiência. Nenhuma mulher merece passar por isso - Sabrina Abraão, 31 anos, é mãe de Arthur, de 9 anos, e Carolina, de 6 meses Arquivo Pessoal Mais
Mulheres contam como foram os partos de seus filhos
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