O que é a droga 'champanhe rosado' que causa alarme no Reino Unido
"Quando o MDMA é absorvido pela corrente sanguínea, ele atinge o cérebro, causando a liberação de diversos compostos químicos", disse à BBC o psiquiatra Adam Winstock, fundador da organização Global Drug Survey, que realiza pesquisas sobre o uso de drogas em todo o mundo.
"O cérebro libera principalmente serotonina, mas também noradrenalina e dopamina. Isso é o que dá a sensação de prazer."
Riscos
No entanto, Winstock diz que uma dose muito alta da droga pode causar um efeito adverso, com resultados muito desagradáveis.
"Se você toma ecstasy demais, estes mesmos componentes químicos liberados pelo cérebro podem fazer com que seu coração comece a bater rápido demais e acabar com a euforia e a energia. Você começa a se sentir ansioso, nervoso e agitado."
Algumas pessoas conseguem superar os efeitos apenas esperando que eles passem, mas outros chegam a precisar de assistência médica.
Músculos muito rígidos, respiração acelerada, pulso rápido, convulsões, espuma na boca e inconsciência são alguns dos sintomas de que o usuário de "champanhe rosado" precisa ser levado a um hospital.
Winstock diz que, ainda que o MDMA seja uma droga "segura" em comparação com outras, o número de mortes ligadas à substância no Reino Unido está aumentando.
A substância pode causar a morte de uma pessoa de três maneiras principais: ataque cardíaco, superaquecimento e excesso de água.
Se o corpo receber serotonina, dopamina e noradrenalina em excesso, pode sofrer desidratação e superaquecimento. "Uma vez que a temperatura do corpo ultrapassa os 42º C, os órgãos param de funcionar e pode ser difícil que ela se recupere", explica o psiquiatra.
O uso de MDMA costuma causar sede, e algumas pessoas morrem por beber água demais. Isso porque a droga também pode provocar a Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH), o que inibe a liberação da urina e causa um desenquilíbrio metabólico.
Em 2015, 57 pessoas morreram após tomar ecstasy no Reino Unido. Em 2011, foram 13 pessoas.
Segundo Winstock, "o risco, em geral, é pequeno, e até mesmo as pessoas que vão para a emergência hospitalar costumam voltar ao normal em dois ou três dias".
"Mas a única maneira de não correr nenhum risco é optar por não usar a droga", afirma.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.