Menos mortes por coronavírus na Europa sinalizam eficácia de restrições
Itália, França e Espanha mostram desaceleração no número de óbitos por covid-19. Governo italiano afirma que "curva iniciou seu declínio", e Madri começa a considerar quando poderá reativar a economia.
Nos últimos dias, Itália, França e Espanha vêm mostrando desaceleração no número de mortes em decorrência da covid-19, trazendo esperança de que as restrições nacionais implementadas para conter o avanço do coronavírus estejam começando a dar resultado.
Hoje, os mercados de ações começaram a mostrar recuperação ligada a esse movimento. As bolsas da Itália e da França subiram, respectivamente, 3,1% e 3,3%, após a Itália apresentar o número de mortes mais baixo em duas semanas no domingo, e A França também registrar menos mortes e internações em UTIs.
Na Itália, Silvio Brusaferro, principal autoridade de saúde no país, disse que "a curva está iniciando seu declínio, e o número de mortes começou a cair". Ele acrescentou que a próxima fase pode ser um afrouxamento gradual de uma quarentena obrigatória que já está em vigor há um mês em todo o território italiano.
O país é o terceiro em número de infecções (atrás de EUA e Espanha), mas o primeiro em fatalidades, que totalizam 15.887. Mais de 21.800 pessoas se recuperaram na Itália. De sábado para domingo, o número de mortes por coronavírus registrado no país foi de 525, cifra diária mais baixa desde 19 de março. O saldo representa uma redução de 25% em relação às mortes anunciadas na véspera (681), segundo dados oficiais.
A França registrou neste domingo 357 mortes por coronavírus em hospitais nas últimas 24 horas, o menor número diário em uma semana, elevando a cifra de óbitos pela covid-19 no país para 8.078. O governo apontou um aumento diário de pessoas internadas em UTIs de 140, o que também representa o número mais baixo em dias. Desde 17 de março, a França vive sob regime de isolamento social.
Na Espanha, a taxa de mortes e de contaminação vem desacelerando. O país é o segundo em número de infecções no mundo, atrás dos Estados Unidos. No domingo, o país registrou 6.023 novas infecções, fazendo os casos registrados aumentarem para 130.759. Esse aumento é menor do que o do dia anterior, de 7.026.
O número de mortes relacionadas ao coronavírus registradas num dia também caiu para 674 no domingo. Foi a primeira vez que o número diário de novas mortes ficou abaixo de 800 em mais de uma semana. Na manhã desta segunda-feira, a Universidade Johns Hopkins mostrava 131.646 casos na Espanha, com 12.641 mortos e pouco mais de 38.000 pacientes recuperados.
O governo espanhol começou a considerar quando poderá reativar a economia, que foi paralisada para impedir a propagação do vírus e fez com que centenas de milhares de espanhóis perdessem seus empregos. Por enquanto, porém, o primeiro-ministro Pedro Sánchez disse que pedirá ao Parlamento que estenda o estado de emergência vigente no país por mais duas semanas, até o dia 26 de abril.
Embora haja sinais de esperança na Europa, os Estados Unidos se preparam para enfrentar "a mais difícil e triste semana da vida da maioria dos americanos", segundo o vice-almirante Jerome Adams, chefe da Saúde Pública do país. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os EUA têm atualmente 337.646 casos confirmados de infecção pelo coronavírus, 9.648 mortes e 17.582 pacientes recuperados.
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