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Dallas teme mais casos após confirmação de outra enfermeira contaminada por ebola

Em Washington

15/10/2014 14h59

As autoridades de Dallas (Texas) admitiram nesta quarta-feira que é provável que apareçam mais casos de ebola após ser confirmado o contágio de outra funcionária que atendeu Thomas Eric Duncan, o primeiro diagnosticado com a doença nos Estados Unidos e que morreu há uma semana.

"Estamos nos preparando para mais e isso é uma possibilidade muito real", sustentou em entrevista coletiva o juiz Clay Jenkins, do condado de Dallas.

As autoridades sanitárias colocaram em observação os 76 trabalhadores que, junto com as duas enfermeiras contagiadas, atenderam Duncan durante os dez dias nos quais esteve internado após ser diagnosticado com ebola dias após ter chegado da Libéria.

Vários funcionários do hospital denunciaram que trabalharam "durante dias" sem os equipamentos de proteção adequados e que os protocolos para tratar os doentes de ebola não eram claros, segundo a organização National Nurse United, o principal sindicato de enfermeiros do país.

"Ninguém sabia quais eram os protocolos, não puderam verificar que tipo de equipamento de proteção pessoal devia ser usado e não houve treinamento", detalhou o sindicato em comunicado.

Por sua vez, a secretária de Saúde dos Estados Unidos, Sylvia Burwell, informou em entrevista à rede "NBC" que o governo está fazendo "todo o possível" para "proteger" os trabalhadores sanitários do país.

O diretor dos CDC, Thomas Frieden, anunciou ontem que serão criadas equipes de elite que em questão de "horas" se apresentarão em qualquer hospital do país no qual seja confirmado um caso de ebola para tomar as rédeas da situação.

Enquanto isso, o presidente Barack Obama insistiu que o mundo "não está fazendo o suficiente" contra o ebola e se mostrou confiante em poder conter o foco do vírus em Dallas e evitar que isso se repita em outros lugares dos Estados Unidos.