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Procura deixa postos de saúde de São Paulo sem vacina contra febre amarela

Paulistanos enfrentam fila para receber dose da vacina contra a febre amarela em unidade de saúde no Planalto Paulista - Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Paulistanos enfrentam fila para receber dose da vacina contra a febre amarela em unidade de saúde no Planalto Paulista Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Paula Felix, com colaboração de Tiago Queiroz

Em São Paulo

18/01/2018 08h05

Um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar todo o Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela, aumentou ainda mais a procura em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O fluxo causou longas filas e desabastecimento. A Secretaria Municipal da Saúde alegou um problema "pontual e momentâneo". O prefeito João Doria (PSDB) pediu "calma" à população.

Na UBS Maria Cecília Ferro Donnangelo, na Vila Penteado, zona norte, por exemplo, funcionários informavam que a vacina tinha acabado pouco antes do meio-dia. O funcionário público Wilson Alves Vianna, de 54 anos, trabalha na Baixada Santista, mas mora na região e estava aproveitando a folga para tentar a imunização. "Pensei que ia ser mais fácil tomar a vacina, mas este é o segundo posto que vou e não tem."

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Uma longa fila composta por moradores das zonas norte e leste se formou na calçada da UBS Mariquinha Sciáscia, no Tremembé (zona norte). A advogada Andreza Missi, de 32 anos, saiu de São Miguel Paulista, na zona leste, com o marido e as filhas de 9 meses e 13 anos para a imunização. "Minha cunhada tomou aqui e disse que tinha a dose é que a fila não estava quilométrica, como na zona leste."

A esteticista Elisete Storer, de 51 anos, encontrou dificuldades também para vacinar a irmã de sua nora e a neta de 4 anos na Vila Carrão, zona leste, e também na zona norte, pois se deparou com postos desabastecidos. "Eu tomei na segunda aqui. Como a vacina foi dada antes aqui, os postos estavam mais vazios. Não imaginei que seria assim cheio."

Doria diz que "não há razão para pânico"

Em entrevista à Rádio Capital, o prefeito João Doria ressaltou que "não há nenhuma razão para pânico". "As vacinas estão ocorrendo. As filas são muito grandes desnecessariamente porque as pessoas, no pânico, vão se vacinando sem necessidade", afirmou. 

Fracionamento de dose começa em janeiro

A campanha de vacinação no Estado com doses fracionadas, inicialmente prevista para começar no dia 3 de fevereiro, foi antecipada e terá início no dia 29 de janeiro em 54 cidades. A campanha terminará em 17 de fevereiro. A meta de vacinação também foi ampliada, de 7,3 milhões para 8,3 milhões de pessoas.

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Haverá dois "dias D", com vacinação aos sábados, nos dias 3 e 17 de fevereiro. A vacinação é destinada para pessoas ainda não vacinadas. Na capital, a campanha visa imunizar 2,5 milhões de pessoas que residem em distritos previamente definidos das zonas Leste e Sul (Capão Redondo, Cidade Tiradentes, Grajaú , São Mateus, entre outros).

De acordo com a Secretaria de Saúde, 7 milhões de pessoas foram vacinadas em todo o Estado no ano de 2017.