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Conheça a técnica que mistura ioga e pilates para cuidar da mente e do corpo

Ana Sachs

Do UOL, em São Paulo

11/09/2012 07h00

Para quem não tem muito tempo, o yogilates pode ser uma boa dica de exercício. A técnica, desenvolvida pelo personal trainer e dançarino americano Jonathan Urla, em 1977, une na mesma aula elementos da ioga, a tradicional prática indiana de alongamento e meditação, com exercícios de pilates, mais vigorosos e que trabalham mais os músculos.

"A soma das duas práticas potencializa o que há de melhor em cada uma. Ela mistura as posições da ioga, que por si só já são mecanismos de autocontrole e autoconhecimento corporal, com as séries de exercícios do pilates, trazendo ainda mais resistência e flexibilidade à prática", afirma a arquiteta Mariella Toscano, 30, adepta do yogilates há um ano.

Segundo Laila Gadel, instrutora da técnica no Maha Studio do Corpo, em São Paulo, os exercícios de yogilates fortalecem e alongam a musculatura do corpo todo, além de corrigir desvios posturais. A parte de ioga ajuda a combater o estresse, a ansiedade e a equilibrar o emocional por meio da meditação e de exercícios respiratórios. “A ioga funciona como um 'disciplinador de mente' para alcançar objetivos com mais facilidade e equilíbrio, enquanto o pilates deixa o abdômen desenhado, cintura mais fina e corpo firme”, diz a instrutora.

A atividade começa com um alongamento básico para aquecer ao corpo, seguido da saudação ao sol, posições de ioga que trazem mais energia e mobilidade da coluna e das articulações (veja como fazer no álbum). Uma massagem nos órgãos internos também pode fazer parte da série, pois aquece e estimula o bom funcionamento e equilíbrio do corpo. Essa prática é realizada com o tronco levemente arcado para frente, joelhos parcialmente dobrados e mãos na cintura. Com os pulmões totamente vazios, recolha o abdômen e pressione os órgãos internos contra a espinha dorsal.

Na sequência, uma série de exercícios de pilates foca mais no aspecto físico e ajuda a fortalecer e definir os músculos. Se praticados com regularidade, eles funcionam como uma malhação tradicional, com o diferencial de não serem tão "puxados", segundo Toscano. "A aula emagrece, tonifica e fortalece de uma forma menos cansativa e mais revigorante", continua. 

O exercício continua com as invertidas, posições de ioga de ponta cabeça que prometem irrigar a região cerebral e diminuir o inchaço das pernas e pés. 

Para saber mais

A parte respiratória é muito importante durante toda atividade, principalmente nos exercícios de ioga. Tanto que o yogilates encerra as atividades com uma sessão de exercícios respiratórios especias. O objetivo é combater a ansiedade e a falta de oxigenação do organismo gerada pela respiração curta, que usamos muito no dia a dia corrido sem nem perceber. "Com isso, aumenta-se a consciência corporal e respiratória e a capacidade pulmonar", aponta Gadel. 

Para finalizar, uma meditação, que pode durar o tempo que a pessoa puder ou achar necessário, ajuda a equilibrar a mente. A posição ideal é a tradicional da ioga: pernas cruzadas, braços estendidos com as mãos apoiadas sobre os joelhos e os dedos indicador e polegar unidos pelas pontas.

As aulas têm duração de uma hora e a frequência indicada é de duas vezes por semana. Os exercícios são feitos no solo e na bola, utilizando também caneleiras e halteres. A aula é adaptável para pessoas de qualquer idade, mas alguns exercícios são restritos oferecem restrições às pessoas com pressão alta, hérnias ou problemas na região cervical.