Consumir cafeína na gravidez pode aumentar risco de o bebê nascer com baixo peso
Novas pesquisas sugerem que ingerir bebidas cafeinadas durante a gravidez aumenta o risco de bebês com baixo peso no nascimento.
A cafeína tem sido associada a efeitos adversos em mulheres grávidas, o que levou muitas delas a desistir de tomar café e chá. Mas as diretrizes para as que não conseguem deixar de ingerir essas bebidas no café da manhã têm sido conflitantes.
A Organização Mundial de Saúde recomenda um limite de 300 miligramas de cafeína por dia, o equivalente a cerca de 3 xícaras de 240 miligramas de café coado (preparado da maneira tradicional nos EUA, mais fraco que no Brasil).
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas afirmou em 2010 que as mulheres grávidas podem consumir até 200 miligramas por dia sem aumentar o risco de aborto ou parto prematuro.
No estudo mais recente, publicado na semana passada no periódico BMC Medicine, os pesquisadores coletaram dados sobre quase 60.000 gravidezes durante um período de 10 anos.
Depois de excluírem as mulheres com condições médicas potencialmente problemáticas, eles não encontraram nenhuma ligação entre o consumo de cafeína – a partir de alimentos ou bebidas – e o risco de parto prematuro. Mas havia uma associação com baixo peso do bebê ao nascer.
Uma criança, que deve pesar cerca de 3,6 quilos ao nascer, perde cerca de 30 gramas em peso para cada 100 miligramas de cafeína consumidas diariamente pela mãe por qualquer fonte.
Mesmo depois que os pesquisadores excluíram as fumantes, um grupo que apresenta maior risco de complicações, a relação permaneceu.
Uma das autoras do estudo, Verena Sengpiel, do Hospital da Universidade Sahlgrenska, na Suécia, disse que as conclusões não são definitivas porque o estudo foi observacional, e uma correlação não equivale a uma causa. Mas elas sugerem que as mulheres grávidas devem colocar seu consumo de cafeína "em pausa", ou limitá-lo, disse ela.
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