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Dieta mediterrânea evita redução do cérebro, que causa problemas de memória

Do UOL, em São Paulo

11/01/2017 04h00

Muito conhecida por ser associada à prevenção de doenças, a dieta mediterrânea (baseada em legumes, frutas, peixes e azeite), também protege contra alterações no cérebro.

De acordo com uma pesquisa publicada pela revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, pessoas que seguiram a dieta mantiveram mais volume cerebral durante um período de três anos do que aqueles que não aderiram ao cardápio. Mas, contrariando estudos anteriores, comer mais peixe e menos carne foi relacionado a mudanças no cérebro.

O cardápio da dieta inclui grandes quantidades de frutas, legumes, azeite, feijão e grãos de cereais, como trigo e arroz, e quantidades moderadas de peixe, laticínios e carne vermelha.

Os pesquisadores reuniram informações sobre os hábitos alimentares de 967 escoceses em torno de 70 anos que não tinham sinais de demência. Destas pessoas, 562 tiveram uma varredura do cérebro da ressonância magnética em torno da idade 73 para medir o volume total do cérebro, o volume da matéria cinzenta e a espessura do córtex, que é a camada exterior do cérebro. Desse grupo, 401 pessoas retornaram para uma segunda ressonância magnética aos 76 anos.

Essas medidas foram comparadas com a intensidade com que os participantes seguiram a dieta mediterrânea.

Dieta - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação
As pessoas que não seguiram tão de perto a dieta mediterrânea, neste período, eram mais propensas a ter uma maior perda de volume total do cérebro.

Com o envelhecimento o cérebro diminui e perde algumas células que afetam o aprendizado e a memória.

Os resultados permaneceram iguais quando os pesquisadores se ajustaram a outros fatores que poderiam afetar o volume cerebral, como idade, escolaridade e diabetes ou hipertensão arterial.

Dieta reduz risco de diabetes e derrames

Estudos anteriores já apontaram que a dieta pode reduzir os riscos de diabetes, problemas cardíacos e derrames em pessoas mais velhas.

Os pesquisadores também descobriram que o consumo de peixe e carne não estava relacionado com alterações cerebrais, o que é contrário a estudos anteriores. De acordo com os cientistas isso pode demonstrar que esse efeito está relacionado a combinação de todos os componentes.

A pesquisa sugere que a dieta pode ser capaz de fornecer proteção ao cérebro a longo prazo, mas que estudos mais aprofundados são necessários para confirmar essa informação.

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