Ministério da Saúde: 'Nossa função é retirar as pessoas do incêndio'
Em entrevista à imprensa na tarde de hoje, técnicos do Ministério da Saúde evitaram responder se a pasta teve participação na elaboração da campanha lançada pelo governo federal contra as medidas de isolamento social que vêm sendo adotadas para retardar a transmissão do novo coronavírus.
A campanha, cujo tema é "O Brasil não pode parar", foi veiculada pelas redes oficiais do governo federal e prega a "volta à normalidade", termo também utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em pronunciamento nacional em rede nacional de televisão.
Na contramão de recomendações de entidades médicas, como a OMS (Organização Mundial da Saúde), o presidente tem defendido a flexibilização das medidas de isolamento social e minimizado a periculosidade do vírus.
Bolsonaro também tem criticado governadores e prefeitos que adotaram medidas como o fechamento de escolas, comércio e restrições à circulação de pessoas nas cidades como forma de retardar a propagação do coronavírus.
Hoje, perguntado se o Ministério da Saúde participou da elaboração da campanha "O Brasil não pode parar", o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, afirmou que o foco do ministério é a proteção às pessoas e evitou comentar a campanha.
"Nós estamos na frente de uma casa que está incendiando. Nós temos alternativas para combater esse incêndio, tem gente combatendo com extintor, tem gente combatendo com escada, com equipamento mais sofisticado, todos querem combater esse incêndio", disse Gabbardo.
"A nossa função nessa história é retirar as pessoas que estão lá dentro, o máximo de pessoas, infelizmente nem todas vão conseguir sair de lá, mas nós vamos tentar tirar todas", continuou o secretário.
"Agora, vocês não fiquem esperando que o Ministério da Saúde vai jogar um palito de fósforo, vai colocar oxigênio, vai abanar para aumentar esse fogo. Nós queremos tirar as pessoas de dentro dessa casa. Nos ajudem com isso. Não tentem forçar o Ministério da Saúde a incendiar uma coisa que já está na nossa frente", concluiu Gabbardo.
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