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Presidente do Equador reduz pela metade seu salário, do vice e de ministros

Equador viveu colapso na saúde e sistema funerário por causa da covid-19 - Reprodução Twitter
Equador viveu colapso na saúde e sistema funerário por causa da covid-19 Imagem: Reprodução Twitter

Do UOL, em São Paulo

12/04/2020 13h50

Castigado pelo coronavírus a ponto de recorrer a caixões de papelão e precisar de uma força-tarefa para recolher corpos em casa, o Equador viu seu presidente, Lenín Moreno, anunciar a redução de metade dos salários de cargos do Executivo. A medida atinge o próprio presidente, o vice-presidente, ministros e vice-ministros. Ele ressaltou que todos manterão suas funções.

O Equador tem 7.257 casos confirmados da covid-19 e já foram registradas 315 mortes. A situação mais complicada foi na província de Guayas, cuja a capital é Guayaquil, que teve de ser militarizada. A região teve tantas vítimas fatais que as empresas que fabricam caixões não deram conta da demanda. Para resolver a situação, foram doados caixões de papelão.

O governo equatoriano decretou estado de exceção e houve toque de recolher no país. O descontrole da situação foi tamanho que somente no dia de 2 abril foram retirados 150 corpos de pessoas que morreram em casa. O trabalho foi feito por uma força-tarefa com integrantes da autoridade militar local.

O número de mortos na fase de aceleração descontrolada da pandemia cresceu tão rápido que o governo tinha dificuldades de contabilizar os óbitos. A crise gerou brigas políticas e o presidente foi ao Twitter fazer uma mea culpa.

"Reconhecemos qualquer erro e pedimos desculpas àqueles que tiveram demora em retirar seus entes queridos nas semanas anteriores".