Retomada econômica: SP vai priorizar economia criativa, comércio e turismo
Resumo da notícia
- São Paulo vai priorizar comércio, turismo e economia criatva na retomada da economia
- Eles são considerados os setores mais vulneráveis durante a quarentena e o plano é priorizar micro e pequenos empresários
- Por este motivo, e questões de saúde, é possível que a mesma atividade, como comércio de rua e shopping, tenha regras diferentes
O Estado de São Paulo começa a planejar a retomada nos negócios a partir de 11 de maio com prioridade a três setores: comércio, turismo e economia criativa [artistas, produtores de conteúdo e eventos]. A escolha por estas áreas é atender às atividades mais vulneráveis, explicou a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. Os micro e pequenos empresários destes ramos terão atenção especial.
Mas a secretária ressalta que nenhuma medida será anunciada sem a avaliação dos dados de saúde. Eles que vão balizar as autorizações de funcionamento e haverá distinção por cidade. Serão criados três níveis de disseminação da covid-19: vermelho, amarelo e verde. Isto significa que não será um movimento homogêneo e regiões de São Paulo podem reabrir antes de outras. Também pode haver regras distintas para mesmas atividades.
Patricia Ellen afirmou que shoppings devem ter regras diferentes do comércio de rua. Os parâmetros serão debatidos com associações de todas as atividades para mitigar um impacto econômico que chegou a R$ 87 bilhões no estado em quatro semanas, conforme estudo prévio citado por Patricia Ellen.
Mas até a data de 11 de maio, nada muda em relação ao isolamento social atual. Este ponto foi ressaltado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante entrevista coletiva nesta quarta-feira. "Até o dia 10 de maio não haverá nenhum movimento, nenhuma alteração ao programa da quarentena no estado de São Paulo".
Os setores priorizados pelo governo de São Paulo têm bastante peso na geração de empregos. Um conselho de economistas foi criado para trabalhar na aceleração da retomada e analisará quatro parâmetros. O mais importante é o consumo. Ele indicará se a atividade econômica foi restabelecida e, também, como está o balanço das empresas. Resultados ruins neste indicador podem gerar quebradeira.
Mas para a retomada ocorrer é preciso que oito indicadores de saúde sejam atendidos. Número de leitos de enfermaria, de UTI, casos confirmados e óbitos são alguns critérios, explicou o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann. Os dados serão separados por cidade. A engrenagem só vai funcionar se São Paulo tiver capacidade de fazer testes, algo que parece ter sido atingido. Nesta quarta-feira, foi divulgado que a fila de exames foi zerada. Ela persistia desde o começo da pandemia e chegou a haver 21 mil testes represados.
Negociando a retomada
Agora, secretários do governo de São Paulo se reunirão com associações de diferentes setores da economia. As demandas deles serão colhidas e também serão apresentadas as exigências de saúde. O planejamento é realizar este trabalho nas próximas duas semanas priorizando as três atividades mais vulneráveis.
O setor de turismo tem uma particularidade, depender de deslocamento de pessoas, algo impossível quando praias e cidades turísticas estão fechadas. Além da ameaça da covid-19, a crise econômica impede a população de viajar. A reivindicação deste setor é por ajuda com financiamentos.
Outro fator que o governo de São Paulo está está levando em consideração no momento de retomar as atividades é a volta às aulas. Ficaria complicado reabrir a economia com pais sem ter onde deixar os filhos. Esta situação será avaliada em conjunto com a Secretaria estadual de Educação. Também é possível afirmar que protocolos sanitários serão criados em qualquer setor que retome às atividades.
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