Em meio à covid-19, 8 unidades de saúde estão com obras paralisadas em SP
Na cidade de São Paulo, a taxa de ocupação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para atendimento da covid-19 era de 72% até sexta-feira (1). Em meio a este dado e ao aumento de casos do novo coronavírus na capital, oito unidades de saúde estão com obras paradas.
Seis UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e um hospital municipal aparecem sem funcionamento total ou parcial em dados disponibilizados pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) ao UOL.
Os motivos são variados. Desde o aguardo de ordem de início até o processo de licitação e contratação impedem que as unidades já estejam disponíveis à população de pelo menos oito bairros da capital paulista. A manutenção também impede o funcionamento de uma das unidades.
Na Brasilândia, na zona norte, comunidade com 81 mortes pelo novo coronavírus até a quinta-feira passada, segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), o hospital municipal opera parcialmente aberto. Em março, foram entregues 150 leitos destinados ao tratamento de covid-19. No total a estrutura deve contar, quando pronta, com 305 leitos.
Entre as UPAs com obras paralisadas, três são da zona sul, as UPAs Jabaquara, Parelheiros e Vila Mariana. Há também as unidades de Cidade Tiradentes, na zona leste, City Jaraguá e Mooca, na zona norte. Essas áreas juntas têm população estimada em 1 milhão de pessoas.
Todas as unidades aguardam pelo processo de licitação, recebimento e contratação. Sem a liberação, as unidades são impedidas de funcionarem.
Em Cidade Tiradentes, são 51 mortes, entre suspeitas e confirmadas, pelo novo coronavírus, Parelheiros, 14; Mooca, 25; Jaraguá, 40; Jabaquara, 37 e Vila Mariana, 34. Um total de 201 óbitos por covid-19 só nessas regiões.
A UBS de Campo Belo fará parte do Conjunto Habitacional Estevão Baião, no Campo Belo, zona sul. Entretanto, nem a unidade e muito menos o conjunto têm data prevista para entrega à população. A unidade ficará em um bairro com mais de 50.000 moradores, segundo dados da Rede Nossa São Paulo. O bairro até o momento tem 24 mortes por coronavírus.
A reportagem solicitou posicionamento da prefeitura sobre o andamento dessas obras, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
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