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Bolsonaro volta a usar máscara em conversa com apoiadores

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

11/05/2020 08h54Atualizada em 11/05/2020 11h01

Depois de várias aparições públicas sem usar máscara, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a utilizar o utensílio de proteção hoje para conversar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

O uso da máscara é recomendado pelas autoridades sanitárias porque ajuda a conter o alastramento do coronavírus. Embora não impeça o contágio, trata-se de um elemento a mais de proteção, sobretudo para evitar que pessoas que já contraíram a doença passem o vírus adiante.

No Brasil, a pandemia já provocou 11.123 mortes, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde ontem. São cerca de 162 mil casos confirmados.

Além do presidente, integrantes de sua equipe que apareceram na imagem compartilhada em seu Facebook também estavam de máscara.

Na última semana, mais uma pessoa próxima a Bolsonaro, o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, foi diagnosticado com covid-19.

Cartão corportativo

Na rápida conversa com apoiadores, Bolsonaro rebateu uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada ontem, que indica que os gastos do cartão corporativo presidencial são maiores do que na gestão dos antecessores Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT).

"Ontem a imprensa, como sempre, criticando o cartão corporativo. Só que são tão mau caráter [sic] que não dizem que parte da operação da China, três aviões da força aérea, por ser avião militar, foi financiada com o meu cartão corporativo. Parece que eu estou usando o cartão para fazer festa. Falta de caráter e de responsabilidade dessa imprensa aí", disse.

A operação na China à qual Bolsonaro se referiu foi o resgate dos brasileiros que estavam isolados em Wuhan, na província de Hubei, em fevereiro. A localidade é considerada o marco zero da pandemia de coronavírus e foi o primeiro epicentro mundial da doença.