Governos devem se preparar para chegada de vacina, diz diretora da Opas
A diretora da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), Carissa Etienne, afirmou hoje que os países da América já devem começar a elaborar planos para a eventual chegada de uma vacina ou medicamento que possa ajudar no combate à pandemia do coronavírus.
"Devemos planejar a chegada de novas ferramentas que possam transformar a resposta à covid-19, como medicamentos eficazes e vacinas", declarou durante coletiva de imprensa virtual.
De acordo com ela, ainda será preciso aguardar mais alguns meses para que uma vacina esteja disponível, mas é fundamental que os governos comecem a preparar uma estratégia para garantir a entrega rápida e segura quando chegar o momento.
Etienne afirmou que enquanto se preparam para a chegada da vacina, os governos devem manter as medidas de saúde pública já conhecidas para retardar a propagação do vírus, como o distanciamento social, restrição a aglomerações, lavar as mãos e utilizar máscaras.
Colaboração entre países
A diretora da Opas também afirmou que os países das Américas devem trabalhar em conjunto com a instituição para conseguir melhores preços e evitar desabastecimento quando a vacina estiver disponível.
"Nenhum país deveria fazer isso sozinho, especialmente quando nós aumentamos nossas chances de sucesso e reduzimos a competição se trabalharmos juntos", declarou Etienne.
Imunidade de rebanho
Presente na coletiva, o diretor do departamento de doenças contagiosas da Opas, Marcos Espinal, afirmou que ainda "não há nenhuma evidência de que a imunidade de rebanho possa ter sido atingida em qualquer parte do Brasil".
A chamada imunidade de rebanho é quando o percentual de pessoas com os anticorpos que combatem o vírus é tão alto que reduz drasticamente novos casos da doença.
Para que se atingisse a imunidade de rebanho seria necessário que entre 50% e 80% da população tivesse desenvolvido anticorpos contra a covid-19. Em Manaus e São Paulo, cidades que foram mais afetadas no Brasil, o percentual da população que já teve a doença é de cerca de 14% e 3%, respectivamente, segundo a OMS.
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