Covid: com 1.047 mortes/dia em uma semana, Brasil passa de 80 mil óbitos
O Brasil teve contabilizadas, nas últimas 24 horas, 718 novas mortes por covid-19, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Os dados das secretarias estaduais, somados, indicam que o país ultrapassou a marca de 80 mil vítimas da infecção provocada pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. São 80.251 mortos.
Segundo a média móvel dos últimos sete dias, o Brasil mantém estabilidade no número de casos: 1.047 mortes por dia, variação de 2% em relação ao período anterior (1.052 óbitos/dia). Sul, com alta de 58%, e Centro-Oeste, com crescimento de 22%, são as regiões com maior crescimento de mortes por covid em uma semana.
Já Sudeste (alta de 2%), Norte (queda de 10%) e Nordeste (queda de 11%) apresentam estabilidade.
Do total de óbitos reportados nas últimas 24 horas, o Nordeste foi a região com mais vítimas, com 320 registros. Na sequência, aparecem o Sudeste, com 159 óbitos, e o Centro-Oeste, com 110. O Sul reportou 72 vítimas, enquanto o Norte registrou 57.
O levantamento apontou ainda que os estados confirmaram 21.749 novos casos de covid-19 de ontem para hoje, o que eleva o total de pessoas infectadas no país para 2.121.645.
O grupo de veículos de comunicação passou recentemente a divulgar a média móvel de novas mortes, que calcula a média de óbitos observada nos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
Pela atualização, Amazonas apresentou número negativo (-3) por um erro de contabilização da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus no último domingo (19). Nesta segunda, o número foi reajustado.
Os boletins divulgados em finais de semana e às segundas-feiras costumam informar números muito menores do que as edições de terças e quartas-feiras, em razão do atraso na divulgação de resultados de testes para a covid-19. Um óbito pode aparecer nas estatísticas de terça-feira, por exemplo, em razão desse represamento fora dos dias úteis.
Já o Ministério da Saúde anunciou hoje que passou a contar, nas últimas 24 horas, mais 632 óbitos em decorrência da infecção provocada pelo novo coronavírus no Brasil. São agora, nas contas da pasta, 80.120 mortes confirmadas.
De acordo com o governo federal, foram confirmados também de ontem para hoje mais 20.257 casos da doença em todo o país — totalizando 2.118.646 infectados, dos quais 1.409.202 se recuperaram e 629.324 estão em acompanhamento.
Atraso na divulgação de marcos de óbitos por coronavírus
O Brasil chegou às 70 mil mortes por covid-19 notificadas pelo Ministério da Saúde no dia 10 de julho. Este marco, no entanto, pode ter sido atingido muitos dias antes. A causa é a diferença entre a data em que a morte aconteceu e o dia em que ela foi anunciada oficialmente.
Ao comparar dados dos registros de ocorrências das mortes com as notificações feitas pelo ministério e pelas secretarias da saúde estaduais e municipais, o UOL descobriu que os marcos de óbitos estão sendo divulgados pelo governo com pelo menos 10 mil mortes de atraso. Os dados oficiais são apurados pelas autoridades de saúde locais e consolidados por Brasília em nível nacional.
O motivo? Demora para inclusão no sistema nacional, atraso de resultados laboratoriais confirmando coronavírus, falta de equipamentos, entre outros.
Vacina chinesa que será testada no Brasil chega a São Paulo
A vacina contra o novo coronavírus da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech que será testada no Brasil chegou hoje a São Paulo, informou o governador do estado, João Doria (PSDB). A previsão é de que a vacina esteja disponível até junho de 2021.
O governo paulista anunciou no mês passado uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica. Na ocasião, Doria afirmou que os testes começariam em julho, e o Instituto Butantan terá domínio da tecnologia para produção em larga escala.
Ao todo, 9.000 voluntários serão testados no Brasil — eles são obrigatoriamente profissionais da saúde.
Veículos se unem em prol da informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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