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Após oito semanas, EUA retomam do Brasil liderança em mortes por covid-19

12.jun.2020 - Movimentação dos cariocas no Catete, na zona sul do Rio de Janeiro - Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo
12.jun.2020 - Movimentação dos cariocas no Catete, na zona sul do Rio de Janeiro Imagem: Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

06/08/2020 19h32

Após oito semanas liderando o ranking mundial de mortes por covid-19, o Brasil deixou o topo da lista, e os Estados Unidos (EUA) reassumiram o posto de nação com mais óbitos na pandemia. Os dados referentes à semana 31 (entre 26 de julho e 1º de agosto) constam no boletim epidemiológico divulgado hoje pelo Ministério da Saúde nas informações da publicação "Our World in Data".

Segundo os dados do ministério, o Brasil registrou na última semana epidemiológica 7.114 óbitos (média diária de 1.016) por covid-19, ou 7,3% a menos que os 7.677 registrados na semana epidemiológica 30 (de 19 a 25 de julho). Já os EUA vêm em nova subida no número de mortes, e fecharam a última semana com 7.768 óbitos. A terceira colocação no ranking da última semana ficou com a Índia, com 5.153 mortes.

O Brasil havia tomado à frente no ranking mundial ainda na semana 23 (31 de maio a 6 de junho), quando registrou 7.096 mortes, contra 6.307 mortes dos EUA naquela ocasião.

Até o momento, o recorde de mortes em uma semana é dos EUA, na semana 16 (12 a 18 de abril), quando morreram 18.277 pessoas.

Ainda segundo o boletim do ministério, até o dia 1º de agosto o Brasil tinha 2.707.877 casos e 93.563 óbitos confirmados por covid-19.

"A SE [semana epidemiológica] 31 encerrou com uma redução de 2,0% (-6.289) no número de casos novos registrados em relação à SE 30, o que é considerado uma estabilização no número de casos. A média diária de novos casos registrados foi de 44.766, contra 45.665 verificado na semana 30", diz o boletim.

Incidência de novos casos e óbitos cresce no interior

Entre as regiões do país, o Norte segue com queda nos números de novos casos e mortes, enquanto Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste têm tendência de estabilidade. Já o Sul apresenta cenário de evolução da epidemia.

Na última semana, 4.834 municípios apresentaram casos novos e 1.523 municípios, óbitos novos.

"Ao longo do tempo observa-se uma transição dos casos de covid-19 das cidades que fazem parte das regiões metropolitanas para as cidades do interior do país. Na SE 13, 87% dos casos novos eram oriundos das capitais e regiões metropolitanas e 23% das demais cidades do país."

O boletim acrescenta que "a partir da SE 25 até a SE 31 a maioria dos casos novos foram registrados em cidades do interior do Brasil. Ao final da SE 31, 58% dos casos registrados da doença no país foram oriundos de municípios do interior. Em relação aos óbitos novos, também houve um aumento na proporção de registros para fora das regiões metropolitanas, passando de 11% na SE 13 para um percentual de 48% ao final da SE 31", aponta o documento.