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Clínica tem área interditada por suspeita de reutilizar seringas no DF

Materiais limpos foram encontrados misturados a materiais já utilizados na clínica médica e odontológica - Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF
Materiais limpos foram encontrados misturados a materiais já utilizados na clínica médica e odontológica Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

Do UOL, em São Paulo

10/09/2020 13h55

A Vigilância Sanitária interditou ontem a área odontológica de uma clínica médica no sul da região administrativa de Gama, no Distrito Federal, por suspeita de estar reutilizando seringas e agulhas descartáveis.

"A denúncia que chegou na Vigilância Sanitária foi por aglomeração, mas além desse problema, encontramos diversas irregularidades nesse local", disse Márcia Olivé, gerente de fiscalização do órgão, em nota publicada no site da Secretaria de Saúde do DF.

Além da suspeita de reutilização de materiais descartáveis, Olivé disse que foram encontrados problemas de documentação, falta de registro da empresa de manutenção de ar-condicionado e falta de testes biológicos de autoclavagem na central de esterilização.

Segundo a Vigilância Sanitária, "na área de odontologia foram encontrados materiais sujos misturados com os limpos, além de seringas para moldagem em locais totalmente desapropriados, sem a menor higiene e com esterilização incorreta".

O órgão identificou mais problemas na sala de raio-X da clínica, que não possuía cabides para os pacientes colocarem o avental radiológico.

"Por conta das inúmeras irregularidades encontradas, a área odontológica foi interditada e a Vigilância Sanitária deu o prazo de 15 dias para a clínica se readequar", disse o órgão.

O local também foi autuado por desrespeitar as medidas de distanciamento social impostas pelo governo do Distrito Federal para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

"Encontramos pessoas aglomeradas, falta de álcool em gel para os pacientes, deu para perceber que não estão fazendo o agendamento de consultas médicas com o intervalo de 30 a 40 minutos para evitar aglomerações, se não a clínica não estaria lotada desse jeito", disse Olivé.

Caso a clínica não se readeque e não apresente os documentos que liberam o seu funcionamento em até 15 dias, o local será interditado totalmente.