Covid-19: Brasil registra 354 novas mortes em 24 h; total é de 169.016
O Brasil registrou 354 novas mortes por conta do coronavírus nas últimas 24 horas, atingindo um total de 169.016 óbitos desde o início da pandemia.
Foram 478 mortes em média nos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
No mesmo período, foram confirmados mais 34.538 casos no país. O total de diagnósticos positivos de covid-19 subiu para 6.052.143.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou hoje à noite, por volta das 20h30, que o país registrou 32.622 novos casos de covid-19 desde ontem à noite, chegando a um total de 6.052.786 diagnósticos positivos para a doença.
A pasta ainda informou que, de ontem para hoje, houve 376 novas mortes provocadas pela doença. Desde o começo da pandemia, o total de óbitos causados pela doença chegou a 168.989, segundo os dados do governo federal.
Bolsonaro diz que está "certo" sobre pandemia
O presidente Jair Bolsonaro, numa mensagem promocional gravada aos demais líderes do G-20, afirmou que o "tempo provou" que o caminho adotado pelo Brasil para lidar com a pandemia da covid-19 era o correto.
"Neste ano, enfrentamos desafios sem precedentes na história recente", disse Bolsonaro. "A cooperação no âmbito do G-20 é essencial para superarmos a pandemia da covid-19 e retomarmos o caminho da recuperação econômica e social."
Em sua breve fala, o presidente não reservou nenhuma mensagem sobre as vítimas da doença e nem sobre a insistência em promover tratamentos sem comprovação científica.
"Desde o início ressaltamos que era preciso cuidar da saúde e da economia, simultaneamente. O tempo vem provando que estávamos certos. Devemos manter o firme compromisso para trabalhar pelo crescimento econômico e a liberdade de nossos povos e a prosperidade do mundo", completou.
9 estados em alta de mortes
Com uma média de 478 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de 47% com o mesmo período de duas semanas atrás, o que indica aceleração.
Nove estados apresentaram tendência de aceleração, enquanto outros seis tiveram queda. Onze e o Distrito Federal mantiveram estabilidade.
Das regiões, o Nordeste (-3%) e o Norte (14%) apresentaram estabilidade (-7%). As demais, tiveram alta na média de mortes: Centro-Oeste (42%), Sudeste (88%) e Sul (38%)
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (81%)
- Minas Gerais: aceleração (37%)
- Rio de Janeiro: aceleração (134%)
- São Paulo: aceleração (83%)
Região Norte
- Acre: queda (-17%)
- Amazonas: estável (11%)
- Amapá: aceleração (300%)
- Pará: estável (3%)
- Rondônia: queda (-21%)
- Roraima: aceleração (367%)
- Tocantins: estável (-12%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-17%)
- Bahia: estável (5%)
- Ceará: estável (14%)
- Maranhão: queda (-27%) *não apresentou dados nas últimas 24h
- Paraíba: estável (-4%)
- Pernambuco: estável (5%)
- Piauí: estável (10%)
- Rio Grande do Norte: estável (-14%)
- Sergipe: queda (-47%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-6%)
- Goiás: aceleração (91%)
- Mato Grosso: queda (-26%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-6%)
Região Sul
- Paraná: estável (10%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (45%)
- Santa Catarina: aceleração (69%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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