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Secretário alerta para aglomerações em SP: 'Podemos ter agravamento sério'

Edson Aparecido (PSDB) pediu mais colaboração da população - Silva Junior/Folhapress
Edson Aparecido (PSDB) pediu mais colaboração da população Imagem: Silva Junior/Folhapress

Colaboração para o UOL

10/12/2020 09h50

Edson Aparecido (PSDB), Secretário de Saúde da cidade de São Paulo, está preocupado com a falta de colaboração da população na pandemia de covid-19. Ele afirmou que a situação vai ficar séria se as pessoas não aumentarem os cuidados sanitários nos próximos dias.

"As médias móveis de casos e de óbitos cresceram. Podemos ter um agravamento sério. Se as pessoas não colaborarem, vai piorar. Em outros momentos difíceis da pandemia, tivemos um número maior de casos, mas conseguimos controlar porque houve colaboração efetiva para combinar tratamento com isolamento. Neste momento não é o que está acontecendo. Se população não colaborar, vamos ter pressão muito grande no sistema de saúde da capital", afirmou Edson Aparecido em entrevista à Globonews.

Edson foi questionado sobre o que a prefeitura está fazendo para controlar as aglomerações em regiões comerciais da cidade, como o Brás e a Rua 25 de Março. Ele respondeu dizendo que está iniciando uma nova campanha de rádio e internet pra colocar necessidade de as pessoas continuarem com medidas sanitárias, "porque a pandemia não passou".

A cidade de São Paulo está voltando a atingir índices de isolamento social semelhantes aos do começo da pandemia do novo coronavírus. Na última sexta (4), a taxa chegou a 38% - a menor desde o início de março.

Outra preocupação da prefeitura é a grande migração de pessoas de outras cidades para a capital, em busca de atendimento médico.

"O processo de ocupação de leitos está crescendo. Ontem 23% das pessoas internadas em leitos públicos eram de outras cidades. Elas entram no sistema pelo endereço de alguém que mora no município. Os principais hospitais da prefeitura são nas franjas da cidade, que têm contato com outros municípios. Essa pressão sempre ocorreu e na pandemia tem sido pior", avaliou Edson.